“Plano de Promoção a Empregabilidade é inclusivo”, afirma ministro do Trabalho

“Plano de Promoção a Empregabilidade é inclusivo”, afirma ministro do Trabalho

O programa, de iniciativa Presidencial, foi lançado recentemente na província do Cuando Cubango e prevê, até 2021, a criação de mais de 250 mil postos de trabalho.

Domingos Bento

O ministro da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Jesus Faria Maiato, assegurou que o Plano de Acção para a Promoção da Empregabilidade (PAPE) é um programa inclusivo por proporcionar aos jovens angolanos, independentemente do sexo, igual oportunidade no âmbito das políticas activas de combate ao desemprego. Segundo o governante, o PAPE não olha para a proveniência do beneficiário.

O que conta, explicou, é a capacidade e a criatividade do beneficiário em poder criar um plano de negócio rentável capaz de proporcionar oportunidade de emprego a si e às outras pessoas, ajudando assim o Estado a combater o desemprego e a promover a geração de empregos.

O programa, de iniciativa Presidencial, foi lançado recentemente na província do Cuando Cubango e prevê, até 2021, a criação de mais de 250 mil postos de trabalho apoiando iniciativas empreendedoras com entrega de microcrédito, kits e ferramentas de trabalho. O referido plano vai ainda ajudar a promover a formalização de pequenos negócios e a reconver são da economia informal.

No primeiro dia do lançamento do PAPE, foram beneficiados 170 cidadãos, com microcréditos nas distintas modalidades previstas no plano, apetrechados 17 projectos como oficinas, salão de cabeleireiro e alfaiatarias, bem como a distribuição de carteiras profissionais a 25 cidadãos.

De acordo com Jesus Maiato, o PAPE não é um plano de papel. É um programa prático que terá efeitos no dia-a-dia dos cidadãos, reduzindo assim as assimetrias e as desigualdades sociais. Para o efeito, o ministro apelou aos beneficiários a serem um exemplo, para que, além do uso racional dos meios concedidos, possam estimular a candidatura dos demais cidadãos.

O plano prevê que o Estado pague até 50 por cento do valor do crédito, dependendo da complexidade de cada projecto. Jesus Maiato esclareceu que o plano vai dar um período de carência ou de graça de quatro meses, para que os empreendedores fiquem sem pagar ao banco, tendo a taxa de juro sido fixada em um por cento. Depois, os beneficiários terão um ano para devolver o crédito. Mas caso não consigam neste período, podem renegociar com o banco e alargar o prazo.