Líder do Daesh foi morto em operação militar dos EUA na Síria

Líder do Daesh foi morto em operação militar dos EUA na Síria

Abu Bakr al-Baghdadi, o líder do grupo extremista Daesh, morreu numa operação militar norte-americana no Noroeste da Síria, afirmou o presidente Donald Trump.

“Morreu a gemer e a chorar”, depois de entrar num túnel sem saída, disse o presidente dos Estados Unidos. O ataque ocorreu na região de Idlib, onde há ainda uma bolsa de resistência ao regime de Bashar al- Assad. Segundo a agência Reuters, o comandante de um grupo jihadista na região disse que as forças norte-americanas removeram um corpo que se acredita ser de Abu Bakr al-Baghdadi, assim como um segundo cadáver que poderá ser do seu guarda-costas. No local, foram deixados os corpos de três homens e três mulheres. Segundo a Newsweek, que primeiro avançou a notícia, as televisões CNN e ABC e o jornal Washington Post, que citam altos responsáveis norte-americanos, Abu Bakr al-Baghdadi ter-se-á feito explodir, ao ver-se encurralado. Mazloum Abdi, comandante curdo das Forças Democráticas da Síria (SDF), fez uma publicação no Twitter afirmando que têm trabalhado nos últimos cinco meses numa operação conjunta para “eliminar” o líder do Daesh.

Segundo a CNN, estão em andamento testes para confirmar formalmente a morte do líder do grupo extremista islâmico, responsável por vários atentados a nível internacional, bem como por estabelecer o domínio territorial por uma vasta extensão na Síria e no Iraque, a partir de 2014, situação que só este ano acabou por ser revertida. Mas o Daesh continua a ser uma força formidável, com ramificações noutros países de maioria muçulmana, e capacidade para fazer atentados – mesmo em países ocidentais.

Esta é a mais importante a visar um líder extremista desde a morte a 2 de Maio de 2011 de Osama Bin Laden, líder da Al-Qaeda, às mãos das forças especiais norte-americanas, no Paquistão. Baghdadi, cujo nome verdadeiro é Ibrahim Awad Ibrahim Ali al- Badri al-Samarrai, é natural da cidade iraquiana de Samarra, que se acredita estar na casa dos 40 anos, manteve-se como uma figura de quem pouco se sabe. Numa mensagem áudio divulgada no mês passado, apelou aos militantes do Daesh para que ataquem forças de segurança e tentem libertar os seus irmãos presos. Esta operação ocorreu num momento de intensa actividade militar no Nordeste da Síria.

O regime sírio e o seu aliado russo aceleraram o envio de tropas para a fronteira sírio-turca, enquanto os norte-americanos anunciaram o reforço militar numa zona de petróleo mais a leste, sob controlo curdo.