Exploração, desenvolvimento e produção de gás natural orçado em USD 2 mil milhões

Exploração, desenvolvimento e produção de gás natural orçado em USD 2 mil milhões

Nos últimos meses, o país tem registado um declínio no fornecimento de gás à planta Angola LNG. Por esse motivo, o Executivo através da concessionária nacional convidou as empresas Chevron, ENI, Sonangol Pesquisa e Produção, Total e BP a fazerem associados localizados nas áreas dos blocos 1,2,3 e 15/14. A concessionária nacional e o consórcio concordaram com os termos e condições estabelecidos no acordo comercial.

De acordo com o PCA da Agencia Nacional de Petróleo e Gás (ANPG), Paulino Jerónimo, a partir de 2022, o consórcio terá direito de explorar, desenvolver e produzir hidrocarbonetos na área de contrato de novo consórcio de gás e deverá ser concluído o processo de negociação do contrato de serviço como risco de outros acordos a serem celebrados, designadamente acordos de operações conjuntas e de compra e venda de gás.

Segundo o responsável, além do ministério da tutela participam nestas negociações o Ministério das Finanças e o Banco Nacional de Angola.

“É importante realçar que este processo representa o início da implementação da estratégia do executivo que visa o incentivo à exploração, desenvolvimento, produção e utilização do gás natural espelhada no decreto legislativo presidencial 7/18, de 18 de Maio. O investimento para o projecto está orçado em USD 2 mil milhões e o início da produção de gás, as empresas de fabricação local, permitindo assim a criação de vários postos de emprego”, disse.

Por outro lado, o acordo terá benefícios e a economia angolana poderá contar com o fornecimento de gás, bem como a futura fábrica de fertilizantes.

Por sua vez, o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Azevedo, referiu que Angola ainda não é conhecida como o país de gás natural, mas sim como uma região prolífera no que diz respeito às reservas petrolíferas. Em resultado da importante actividade de pesquisa inteiramente vocacionada para a descoberta de campos petrolíferos, houve a descoberta acidental de várias acumulações de gás natural, sobretudo durante as décadas de 80 e 90 na associação de Cabinda e nos blocos 1, 2 e 3.

O titular da pasta dos Recursos Minerais e Petróleos avançou que a LNG enfrenta uma situação crítica no que diz respeito ao fornecimento de gás à planta que poderá levar a sua paralisação em 2021 ou 2022.

“O novo consórcio de gás (NCG) será o novo embrião para o desenvolvimento dos recursos de gás natural não associado, e consequentemente irá agregar valor ao sector petrolífero e garantirá o fornecimento contínuo de gás à LNG. O desenvolvimento dos recursos de gás existentes deverá ser feito também em função das prioridades a serem definidas por um plano director”, referiu.

Diamantino Azevedo lembrou que o projecto LNG é o único no mundo que foi concebido para receber durante anos iniciais gás associado, proveniente de outros blocos de múltiplos campos de composição variável.

“O projecto LNG é alimentado por poucos campos de gás não associados, cuja composição é bem conhecida desde o início que praticamente não varia ao longo do seu período de produção”, disse.

Segundo ele, esta característica única da Angola LNG permitiu o desenvolvimento das grandes descobertas petrolíferas nas águas profundas do nosso país, sem queima de gás, valorizando um sub-produto , o gás associado que de outra forma seria queimado, e acabou por causar problemas durante a fase de arranque das plantas e atrasos substanciais (superior a 4 anos) no inicio da sua fase de operação regular.

Em Dezembro de 2018, com o apoio do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleo, e da concessionaria nacional, foi proposta a constituição de um consórcio (New Gás Conssortion ou NGC) formado pelas empresas actualmente accionistas de Joint Venture Angola LNG Limited com participação de 13,6%, Chevron como operadora 36,4%, Sonagas 22,8%, BP 13, 6% e a TOTAL igualmente com 13,6%.