O editoral: As nossas rochas dos outros

O editoral: As nossas rochas dos outros

Realizou-se no Lubango, na semana passada, uma feira de rochas ornamentais, uma boa iniciativa, mas, como quase sempre, ouviu-se falar de atracção de investimentos e pouco mais. Mas investir em quê exactamente?

As nossas rochas como o granito e o mármore são exportadas em bruto, o que representa sempre um mau negocio. Depois, para o pouco que se aplica em Angola, elas são reimportadas. O que falta é afirmação de qualidade, que se diga o seu valor, se estão, ou não entre as melhores do mundo. Falta propaganda sobre a sua aplicabilidade prática, sobre como cada cidadão pode delas tirar proveito e também como poderá ser um promotor da sua qualidade. Tivemos um boom na construção civil há pouco tempo, quantas casas de angolanos têm as nossas rochas? Quantos edifícios públicos? Quantos angolanos trabalham na sua “transformação”?