Uma empresa de lapidação de diamantes, denominada “KGK Angola”, com capacidade para processar 100 mil quilates brutos por ano, foi inaugurada nesta Segundafeira, em Luanda, elevando para quatro o número de unidades do género no país.
Portanto, com quatro empresas a lapidar diamantes, espero que em breve surjam designers interessados na criação de joias e joalheiros a vendê-las. É estranho, mas neste país em que se aprende desde cedo que “somos ricos” e que uma das nossas riquezas é o diamante, a grande maioria dos cidadãos nunca viu um diamante.
É um bem de exportação, é verdade, mas para os angolanos, os tais donos e ricos, o diamante deveria ter um preço mais barato. Dever-se-ia mesmo incentivar o comércio interno do diamante. Ao menos de joias. Porque é absurdo que um angolano tenha de comprar joias com diamantes apenas no estrangeiro. Mas também para o diamante industrial.
Maior transparência no mercado do diamante também ajudaria a acabar com o garimpo ilegal. Aliás, o nosso diamante é um “território” demasiado opaco, violento, do qual são afastados os cidadãos de bem. Por isso crescemos com a ideia de sermos ricos, donos de diamantes, etc., e passa-se um vida se ver um pedra que seja.