Abel Chivukuvuku na “corrida” para legalizar o PRA -JA

Abel Chivukuvuku na “corrida” para legalizar o PRA -JA

A Comissão instaladora do Partido do Renascimento Angolano- Juntos por Angola (PRA-JA Servir Angola), procedeu, ontem, à entrega ao Tribunal Constitucional de vinte e três mil e 492 declarações de aceitação recolhidas desde o dia da sua notificação, visando a sua legalização. Na conferência de imprensa realizada ontem, em Luanda, o seu coordenador, Abel Chivukuvuku, informou que o Tribunal Constitucional tem agora sessenta dias para se pronunciar a respeito da legalização do PRA-JA Servir Angola.

Abel Chivukuvuku disse que, apesar das inúmeras dificuldades encontradas a nível das administrações municipais, conseguiram recolher o número de declarações acima citado, avançando que as sedes do partido em todo o país só serão abertas depois da sua legalização. Salientou que o patriotismo, o sentido do dever e, sobretudo, o conhecimento profundo que têm da realidade da vida dos cidadãos angolanos esteve na base da constituição deste partido.

“Isso obriga-nos a estarmos juntos do cidadão, sermos a voz daqueles que não têm voz, com visão e ambição de uma Angola justa e séria, mas também com muito realismo”, disse. Sublinhou que os seus principais objetivos têm a ver com a defesa dos interesses dos cidadãos. Defende ainda a reforma das mentalidades, valores e princípios patrióticos.

Abel Chivukuvuku garante que a sua formação política vai, por outro lado, defender a reforma e as práticas do conceito de serviços públicos, defender e promover a reforma Constitucional e a reforma do Estado, bem como devolver aos cidadãos a eleição directa do Presidente da República, fazer a descentralização do poder político e rever o modelo da constituição do poder legislativo.

Agenda

Falando daquilo que será a sua agenda política, Chivukuvuku afirmou que o ano de 2019 foi o do surgimento do PRA-JA, apelando aos seus militantes a estarem preparados para a sua institucionalização e estruturação em 2020, para participar nas eleições autárquicas. Fez saber que será realizada, no dia 29 do corrente mês, uma reunião magna com os delegados de todo o país, para abordar questões ligadas à realização do seu primeiro congresso, que acontecerá logo depois da sua legalização.

“Em 2021, o nosso papel será de amadurecimento e crescimento, para estarmos preparados em 2022 para a participação nas eleições gerais”, avançou.

Autárquicas locais

Sobre a realização, em 2020, das primeiras eleições autárquicas no país, Abel Chivukuvuku disse que, por questões de calendarização, não acredita que as mesmas sejam realizadas no ano previsto, alegando que não se pode fazer um acto que seja sem se aprovar as leis referentes ao Pacote Legislativo Autárquico.