Em mais um aniversário do jornal OPAÍS, o diário da nova Angola, o jurista Domingos Chipilica Eduardo enaltece o papel deste veículo de informação na democratização do país. Já o jornalista João Marcos alerta para a necessidade de o jornal não perder a sua identidade
Por:Constantino Eduardo, em Benguela
De acordo com Domingos Tchipilica Eduardo, O PAÍS é “uma fonte de informação credível” e diferenciada, porquanto faz uma abordagem generalizada dos assuntos mais importantes do país e não só. Leitor assíduo de um jornal comprometido com a verdade, o jurista aponta o acesso ao jornal, quer em suporte físico, quer digital, como um dos constrangimentos com que os leitores se deparam, para quem dever-seá encontrar as melhores soluções para que, efectivamente, os cidadãos não sejam privados dos conteúdos do diário, lembrando, contudo, “que é um direito constitucional”. Por isso, aquele profissional sugere maior distribuição do jornal em digital.
Segundo João Marcos, corresponde da Voz da América em Benguela, há muito que o nosso pais precisava de um outro diário, em obediência ao espírito da pluralidade, “e ai conseguimos”, sublinha. Sem pretender avaliar a qualidade dos diários, João Marcos salienta que OPAÍS trouxe algo diferente, dá voz a diferentes actores da cena política e não só, “é plural no verdadeiro sentido da palavra”, qualifica. Angola, considera o profissional, precisava do diário, a julgar pelo que assistimos em países da SADC, mais ligados a Angola, alguns até com cinco diários. João Marcos alerta para a necessidade de o jornal do grupo Media Nova manter aquilo a que chama de “sua identidade”, principalmente agora, neste contexto político ensaiado pelo Presidente da República, João Lourenço, que reforça as esperanças dos angolanos.
“Nova dinâmica ao jornalismo”, dizem os huilanos
Esta é a apreciação do jornalista Morais Silva, delegado da Agência Angola Press (ANGOP),realçando que OPAÍS trouxe uma nova forma de fazer jornalismo, tendo em conta a sua maneira de abordar as matérias. Reforçou que, com o surgimento deste Jornal, muitos órgãos de comunicação social no país tiveram de rever a sua forma de passar a informação aos seus destinatários.
“O Jornal OPAÍS, desde a altura em que apareceu, apresentou- nos uma nova forma de ver as coisas, sobretudo uma nova forma de relatar os factos diferente do que estávamos habituados a ler, a ouvir e a ver, porque, como sabe, surgiu num período um pouco difícil no que à questão da pluralidade da informação, à questão da liberdade própria de imprensa dizia respeito”, disse. Segundo este jovem jornalista, a entrada em circulação deste jornal ajudou a maior parte dos escribas que já estavam na profissão “a olhar as coisas com outros olhos”.
Já o jornalista Joaquim Armando, da Rádio Huíla, do Grupo Rádio Nacional de Angola (RNA), apontou OPAÍS como um órgão de imprensa que aborda assuntos que ainda são postos de parte pelos órgãos convencionais, beliscando, deste modo, o princípio da isenção de informação. “Primeiro, parabenizar pelos 11 anos de existência, porque a nossa Angola precisa de uma imprensa diversificada, e o Jornal OPAÍS veio, exactamente, para isso, trazendo informação diferente daquelas que estávamos habituados na imprensa convencional”.
Na sua opinião, Angola precisa de uma imprensa diversificada para possibilitar a liberdade de escolha da audiência, frisando que um bom leitor precisa de ler jornais diversificados para chegar a uma conclusão. Joaquim Armando, que se assume como um leitor assíduo de OPAÍS, afirmou que este jornal dá aos leitores informação diversificada, com diferentes ângulos de abordagem de matérias de Política, Sociedade, Cultura, Economia, Desporto, Opinião, e Política Internacional, que para alguns órgãos é ainda um “tabu”, sustentou.
Jornal impresso
Atendendo às dificuldades do acesso à Internet no nosso país, o professor Valério Braga, da província do Namibe, depois de destacar a importância deste jornal, defende que a sua circulação deve ser feita em forma impressa para que os leitores tenham acesso. Disse ser um jornal muito lido na província, com realce na cidade de Moçamedes, a capital da província, por isso reitera que a sua distribuição deva ser feita por via impressa, em vez de digital, sendo que por esta via o acesso é por demais limitado.