UNITA vai redobrar a pressão sobre a autoridade governativa de malanje

UNITA vai redobrar a pressão sobre a autoridade governativa de malanje

A UNITA em Malanje vai redobrar a pressão sobre a autoridade governativa local, no sentido de forçar a prestar contas e praticar uma gestão transparente do património público, em função da exigência da nova presidência, afirmou o secretário do partido do “Galo Negro”.

Falando a OPAÍS, Mardanês Calunga reafirmou que em prol dos interesses dos angolanos, a UNITA tem a missão de imprimir uma nova dinâmica política, de acordo com os objectivos traçados pelo seu líder, que tem como premissa ganhar as autarquias na maior parte dos municípios em 2020, bem como alcançar o poder supremo do Estado nas eleições gerais de 2022. Apontou a sagacidade política, a capacidade mobilizadora e a juventude de Adalberto Júnior como factores que podem determinar a vitória dos “maninhos” nos próximos desafios políticos.

“Com a eleição de Adalberto Costa Júnior, o nosso partido torna-se mais forte e a vitória mais próxima”, aludiu o dirigente partidário.

Voto certo

O jovem político agradeceu aos delegados pela coerência no voto certo. Confessou que a sua organização em Malanje efectuou um vasto trabalho de auscultação da massa militante e da sociedade civil sobre os problemas sociais locais, e por isso, os delegados, apenas, corresponderam em mais de 60 por cento àquilo que os malanjinos pediram. “Os delegados ouviram o clamor do povo de Malanje e votaram para o Adalberto. No entanto, recebemos isto com muita satisfação”, regozijou-se.

UNITA e os desafios locais

Concretizada a intenção de voto, para fazer jus aos desafios da nova era, segundo Mardanês Calunga, o seu Secretariado Provincial vai seguir à risca as orientações dimanadas da 1ª reunião da Comissão Política pós-Congresso.

Assim sendo, a concretização dos objectivos preconizados pela actual direcção vai consistir na criação de condições mínimas de trabalho para dinamizar e empreender a acção política.

Com isso, consta da estratégia, a busca de fontes de auto-suficiência financeira para a implementação dos programas e deixar de depender unicamente do Orçamento Geral do Estado (OGE).

A seguir, vai proceder à reorganização e a reactualização, rigorosa, da base de dados estatísticos dos seus militantes, em toda a dimensão territorial provincial; a formação de recursos humanos, sobretudo, a preparação de candidatos às autarquias, a decorrerem no ano que se avizinha. Também tenciona criar dinâmica de mobilização com o sentido de atrair participação civil dos cidadãos, ante os desafios sociais e económicos do país.

Líder extra-partidário

Em torno da eleição do novo presidente do “galo negro”, o analista político, Israel da Silva considera que com Adalberto Costa Júnior a oposição em Angola vai se tornar forte. Pois, na sua óptica, o país precisa de “homens fortes”, com o carisma de Adalberto Júnior e de Abel Chivukuvuku para contrapor o partido no poder. Na mesma senda, o académico Octaviano Lucas afirmou que o carisma do novo presidente da UNITA ultrapassa a dimensão partidária.

Na sua óptica, a personalidade política de Adalberto Costa Júnior tem dimensão extra-partidária, em função da capacidade intelectual que demonstra nas suas abordagens políticas. “A UNITA há muito que precisava de um líder moderno, com visão nacional”, elogiou.

Contudo, Mardanês Calunga minimizou a celeuma que se está a levantar em torno do afastamento dos cargos de Raúl Danda (ex-vice-presidente) e Massanga Savimbi (ex-secretário-geral) da actual direcção do “Galo Negro”, porquanto a nomeação dos cargos superiores da organização é da competência do presidente. Esclareceu que as duas figuras continuam a ser membros da Comissão Política e acredita que os seus nomes continuarão a figurar na Comissão Permanente

. “O único cargo elegível é do presidente. Os cargos subordinados são da competência exclusiva do presidente mediante a sua visão estratégica”, finalizou.