UCAN analisa futuro de Angola em seminário

UCAN analisa futuro de Angola em seminário

A recomendação foi feita durante a apresentação dos resultados preliminares da análise do programa de previsão sobre o tipo de país que terão os angolanos em 2050, em todos sectores de actividade económica e social, desenvolvido pelo Institute for Security Studies (ISS), (em português Instituto de Estudos de Segurança), de Pretória, África do Sul.

O investigador Francisco Paulo, na qualidade de representante do CEIC, ao intervir na palestra sob o tema “futuro de Angola: discussão de cenários” manifestou- se preocupado com a área demográfi ca do país, por ser um dos com maior taxa de fertilidade do mundo. O que, em seu entender, pode comprometê-lo a médio e longo prazo.

Considera que o país não tem capacidade de prover escolas e cuidados de saúde para as crianças que estão a nascer, razão pela qual existem muitas delas fora do sistema de ensino. Com esta taxa de fertilidade, se o país agora não melhorar, criando condições para que as crianças cresçam num ambiente favorável, continuarão a não ter recursos sufi cientes para educar estas pessoas e se estará a criar um exército de desempregados.

“O Governo deve investir seriamente nas infra-estruturas básicas, nomeadamente saneamento básico e estradas. Investir também nas actividades que vão ajudar os jovens a serem educados, no sentido de ter uma formação virada para o mercado de trabalho”, disse Francisco Paulo. Francisco Paulo considera ser urgente que se reveja o sistema de educação para que os jovens sejam orientados para o mercado de trabalho, de modo a que o aluno quando terminar o ensino médio tenha capacidade de trabalhar por conta própria ou de outras pessoas.

O Instituto de Estudos de Segurança conta com um departamento que cuida de fazer uma previsão dos países africanos, usando um modelo de previsão que é o mais completo que existe no mundo. Por outro lado, a investigadora do ISS, Lily Welborn, disse que a instituição a que pertence trabalha sem fins lucrativos em vários países e pretende ajudar o Governo angolano na elaboração do seu Plano de Desenvolvimento de longo prazo até 2050, na perspectiva de um ponto de vista de desenvolvimento humano.

Lily Welborn esclareceu que trabalham com instrumentos de investigação baseados em dados das áreas de demografi a, económica, agricultura, ambiente, saúde, tecnologia entre outras, numa persectiva integrada.