Na Quibaula realizou-se o sonho da casa própria para os munícipes do Sumbe

Na Quibaula realizou-se o sonho da casa própria para os munícipes do Sumbe

Ao todo são 2.010 apartamentos construídos na centralidade de Quibaula, na cidade do Sumbe, e que vão proporcionar melhores condições de habitabilidade aos munícipes da capital do Cuanza-Sul que, apesar de estar próxima de Luanda, enfrenta sérios problemas, desde infra-estruturas rodoviárias, abastecimento de água e energia ao saneamento

Por:Domingos Bento, enviado ao Cuanza-Sul

Fotos de Daniel Miguel

São apenas vinte quilómetros de distância entre o casco urbano do Sumbe e a centralidade de Quibaula, que deu aos munícipes da capital do Cuanza- Sul a oportunidade de realização do sonho da casa própria. São, ao todo, 2.010 apartamentos prontos para serem habitados que foram construídos naquele concentrado habitacional que vai proporcionar melhores condições de habitabilidade aos cidadãos daquela província, que, apesar de estar próxima de Luanda, enfrenta sérios problemas, desde o das infraestruturas rodoviárias, urbanas, água e energia aos de saneamento.

Este último ponto é das maiores inquietações que afectam os munícipes, devido ao elevado nível de poeira que a todo o instante “banha” a cidade, provocando sérios problemas de pele, respiração e conjuntivite. Porém, “fugir” da poeira da desestruturada cidade do Sumbe e encontrar um novo modelo de vida é, para Eufrásia Samussamba, uma das primeiras habitantes da centralidade, a realização de um sonho que vai trazer novos ares e melhor qualidade de vida.

No entanto, a chave que recebeu das mãos do Presidente da República, João Lourenço, que ontem esteve a visitar aquele centro habitacional, foi a certeza de uma mudança abrupta no que a melhoria de vida diz respeito. Visivelmente emocionada, Eufrásia Samussamba não escondeu a OPAÍS a satisfação de deixar para trás a vida sofrida e as constantes idas ao hospital devido aos problemas de saúde causados pela poeira e pelo estado “desarrumado” da cidade Sumbe.

“É uma vida nova. Sinceramente, estava cansada e farta da cidade do Sumbe. Para além de velha, é bastante suja e não possibilita termos uma boa qualidade de vida. Aqui, sinceramente, encontrei sossego e é o começo de um novo ciclo”, frisou a jovem, visivelmente emocionada. Quem também vê na centralidade de Quibaula o começo de um novo ciclo é Nicolau Bumba, que ontem recebeu igualmente as chaves do seu apartamento das mãos do Presidente da República. “Estou muito feliz e, sinceramente, não esperava ser seleccionado para tamanha graça. Agora é preparar- nos para começarmos uma nova vida”, notou.

Prontos a morar

Ao Presidente da República, a ministra do Ordenamento do Território e Habitação, Ana Paula de Carvalho, garantiu que os 2.010 apartamentos construídos estão prontos a ser habitados, pois estão acauteladas as questões ligadas ao fornecimento de energia eléctrica, água, rede viária e outras infra- estruturas de apoio. Relativamente à tipologia, a governante disse que todos os apartamentos são do tipo T3 e a zona global disponível para a centralidade é de 150 hectares, sendo que, actualmente, estão livres cerca de 55 hectares que mais tarde poderão ser aproveitados para a instalação de outros equipamentos.

Conforme explicou, as obras tiveram conclusão em 2013 e nos últimos anos as atenções estavam viradas para a construção de equipamentos sociais, como lojas, um jardim de infância, dois centros infantis, duas escolas do ensino primário e secundário, uma estação de tratamento de água e um centro de saúde. Este ultimo, para além dos moradores, a ministra garantiu que vai poder, igualmente, atender às necessidades das populações circunvizinhas que habitam nos arredores da centralidade.

Porém, para aferir, de facto, as explicações da ministra, o Presidente da República, João Lourenço, percorreu, a pé, a centralidade durantes largos ministros e tomou contacto com os equipamentos e com os técnicos que estiveram envolvidos na construção daquela centralidade, que vai mudar a rotina dos munícipes do Sumbe. Sobre a mobilidade, o tapete asfáltico que liga a centralidade à Estrada Nacional 100 também já está concluído, o que vai permitir uma transitabilidade confortável daquele centro habitacional à cidade do Sumbe em pouco tempo.

Outro gigante ao lado

Também a escassos quilómetros de distância da centralidade está a ser construído um total de 1.816 moradias que vão, igualmente, ajudar a resolver o problema habitacional da província. Deste total, 1.260 são da tipologia T2 e 556 são do tipo T3. À semelhança da centralidade, ontem o Presidente da República, João Lourenço, esteve igualmente a visitar esta importante infraestrutura cujas obras de construção tiveram início em Dezembro de 2018, sendo que a conclusão está aprazada para Junho de 2020.