Salina SAL DO SOL quer aumentar a capacidade de produção

Salina SAL DO SOL quer aumentar a capacidade de produção

Situada na província do Namibe, a Salina SAL DO SOL é a única empresa a empacotar sal de mesa no país de forma mecanizada, e necessita de investimento de uSD 600 mil para a compra de novos equipamentos e aumentar a capacidade de produção para 25 mil toneladas

Por: Patrícia de Oliveira

Há 26 anos no mercado, a empresa SAL DO SOL conta com uma produção fixa de seis mil toneladas. Para mudar o quadro, a empresa precisa de USD 600 mil. Até agora, comercializou 3.500 Tons (três mil e quinhentas toneladas) de sal. De acordo com o proprietário da empresa, Fernando Solinho, este ano espera-se por uma produção de 6 mil toneladas, o que considera um balanço positivo, tendo em conta a redução das quedas pluviais. “Até Dezembro garantimos 6 mil toneladas de sal, capacidade instalada da empresa”, disse.

Questionado por que razão a empresa se mantém nas 6 mil toneladas nos últimos 10 anos, referiu que é por falta de uma taxa de juros que justifique o investimento e financiamentos compatíveis e que para já que não é possível aumentar a capacidade de produção. “A situação cambial do país não permite uma empresa honesta evoluir, estamos à espera que o câmbio estabilize, para então criar condições necessárias para a SAL DO SOL investir em novos equipamentos e aumentar a capacidade de produção”, explica. Segundo o empresário, neste momento, a salina é a única que tem um sistema de empacotamento mecanizado e estruturado, e gostaria de investir no produto acabado, que consiste na produção de sal de mesa em rolo de 200 e 250 gramas, porém, é necessário uma estabilidade cambial para que a empresa se desenvolva.

“Todos os dias que o kwanza é desvalorizado, as empresas também perdem dinheiro, estamos com prejuízos, tendo em conta a má situação cambial do país”, disse. Fernando Solinho salientou que com equipamentos é possível transformar o sal de melhor qualidade e empacotamento. A empresa produz embalagens de mil gramas, mas pretende apostar nas embalagens de 200 gramas, mas precisa de fazer um investimento de USD 600 mil com o câmbio de juros razoáveis para comprar máquinas de empacotamento.

“Caso a situação económica no país melhore em menos de dois anos, podemos aumentar a nossa produção três vezas mais, atingindo as 25 mil toneladas de sal anualmente”, explica Para o empresário, a produção do sal está equilibrada, no entanto, a preocupação reside na importação do produto. “As taxas de importação do sal não desincentiva a sua aquisição no exterior. Ao invés de se importarse apenas o déficit, importam-se grandes quantidades”, explicou. Segundo ele, a crise económica reduziu os níveis de importação do sal, tendo em conta a falta de divisas que o país regista nos últimos anos.

“A empresa SAL DO SOL, Lda comercializa o produto em toda a rede comercial do país. Solinho sublinha que o sal chega às províncias de Cabinda, Uíge, Luanda (maior centro de consumo), Benguela pela sua privilegiada zona geográfica, Huíla, Cuando Cubango (Menongue), Cuanza- Sul, Malanje, que servem de interposto para as outras regiões. A Empresa emprega 103 Trabalhadores, dos quais 32 do sexo feminino. No entanto, o universo de trabalhadores indirectos ultrapassa os dois mil.