Morte de líderes de associações ligadas a ANASO põe em causa a luta contra a SIDA

Morte de líderes de associações ligadas a ANASO põe em causa a luta contra a SIDA

Sem avançar números, a Rede Angolana de Organizações de Serviços de SIDA (ANASO) tem vindo a registar mortes de vários líderes de organizações de sociedade civil que vivem com o VIH, segundo o seu presidente, António Coelho, o que coloca em cheque a luta contra a SIDA. O líder falava ontem, em Luanda, à margem do seminário sobre o empoderamento, liderança, elaboração e gestão de projectos

Por: Stela Cambamba 

O presidente da Rede Angolana de Organizações de Serviços de Sida (ANASO), António Coelho, afirmou que a situação da SIDA em Angola continua preocupante, apesar de o Governo estar a esforçar-se, bem como a sociedade civil. O país está com dificuldades em reduzir o número de mortes relacionadas com a SIDA. “

Estamos a registar a morte de vários líderes de organizações de sociedade civil que vivem com VIH e pessoas que vivem com a patologia e estão na fase terminal, por não encontrarem uma resposta social para continuar a viver”, lamentou. Segundo António Coelho, a ANASO tem 315 organizações, das quais 99 trabalham, e desta cifra apenas 11 implementam os projectos. Há ainda províncias em que não se regista financiamento comunitário e por causa disso “estão a perder a luta contra a SIDA”.

Tendo em conta que em média regista- se cerca de 28 mil novas infecções por ano e perto de 11 mil acabam em morte, é necessário que se faça mais para mudar este quadro. O problema vem se agravando, porquanto, disse, o país regista dificuldades em conseguir medicamentos, testes e preservativos para dar resposta ao problema. Nos últimos dados registados pela ANASO, a província mais afectada é a do Cunene, com 6.5% de taxa de prevalência, seguindo as do Cuando Cubango, Moxico e as Lundas. Mas as províncias do interior também preocupam, sobretudo o Cuanza-Norte em que a taxa é superior a 3%.

Com o objectivo de inverter o quadro, a ANASO entendeu doptar as organizações da sociedade civil de conhecimentos e informações para que, em diferentes níveis, consigam apresentar projectos que permitam mobilizar recursos para implementação das distintas actividades comunitárias. António Coelho lembrou que o compromisso da ANASO é lutar pela vida e, actualmente, estão a criar condições para que a nível das comunidades as pessoas e as famílias venham a ser emponderadas e dizer “SIDA não, e viva a vida”.

Guerra aberta contra a SIDA

Quanto ao seminário que a sua instituição está a realizar em parceria com o PNUD, para as organizações da sociedade civil, sobre o empoderamento, liderança, elaboração e gestão de projectos, diz que permitirá que as instituições civis aumentem as suas capacidades e conhecimento. Tendo em conta que a situação está difícil e o Governo por si só não consegue dar resposta ao problema, a ANASO entende ser o momento para se fazer um apelo, arregaçar as mangas e declarar uma guerra aberta contra a epidemia.

O seminário decorre à margem das actividades alusivas ao Dia Mundial da SIDA, que tiveram início no dia 15 de Novembro e terminam a 15 de Dezembro. Sob o lema “as comunidades fazem a diferença”, serão realizados vários eventos a nível nacional, com destaque para a marcha de solidariedade contra a SIDA, que acontece no próximo Sábado, dia 30, em Luanda. Actualmente, a ANASO trabalha no sentido de que a marcha venha a acontecer a nível de todas as capitais de província, de modo a alertar sobre os perigos que a doença representa e fazer um gesto de solidariedade a favor das pessoas que vivem com o VIH e estão a morrerGuerra aberta contra a SIDA Quanto ao seminário que a sua instituição está a realizar em parceria com o PNUD, para as organizações da sociedade civil, sobre o empoderamento, liderança, elaboração e gestão de projectos, diz que permitirá que as instituições civis aumentem as suas capacidades e conhecimento.

Tendo em conta que a situação está difícil e o Governo por si só não consegue dar resposta ao problema, a ANASO entende ser o momento para se fazer um apelo, arregaçar as mangas e declarar uma guerra aberta contra a epidemia. O seminário decorre à margem das actividades alusivas ao Dia Mundial da SIDA, que tiveram início no dia 15 de Novembro e terminam a 15 de Dezembro.

Sob o lema “as comunidades fazem a diferença”, serão realizados vários eventos a nível nacional, com destaque para a marcha de solidariedade contra a SIDA, que acontece no próximo Sábado, dia 30, em Luanda. Actualmente, a ANASO trabalha no sentido de que a marcha venha a acontecer a nível de todas as capitais de província, de modo a alertar sobre os perigos que a doença representa e fazer um gesto de solidariedade a favor das pessoas que vivem com o VIH e estão a morrer