Adalberto quer UNITA mais próxima dos cidadãos

Adalberto quer UNITA mais próxima dos cidadãos

O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, afirmou ontem, em Luanda, que pretende ver, nos próximos tempos, o partido cada vez mais próximo dos cidadãos, de modo a concretizar o desejo de ganhar o poder, quer pela via das eleições autárquicas, aprazadas para 2020, bem como pelas eleições gerais de 2022 Para o efeito, Adalberto Costa Júnior defende que os responsáveis e quadros da UNITA devem fazer continuamente trabalho de campo para aproximarem os cidadãos do partido.

É preciso, frisou, que se largue os gabinetes e que os dirigentes vão ao encontro das comunidades a nível dos os bairros, municípios e comunas do país todo de modo a corresponder à expectativa dos angolanos. Segundo o líder partidário, no momento actual, face aos desafios que se impõem, os responsáveis e quadros da UNITA não podem estar concentrados no conforto dos gabinetes.

Estes Deverão dedicar mais tempo junto das bases e do cidadão para promover o partido e alcançar os objectivos. Adalberto, que tecia tais considerações na cerimónia de posse do o seu novo elenco, saído do XIII Congresso ordinário, realizado de 13 a 15 do mês em curso, disse que os angolanos colocaram no partido as suas ansiedades e as suas esperanças mais genuínas e esperam da UNITA o empenho na construção de uma Angola melhor para todos, mais digna, com melhor saúde, educação, mais justiça, com menos pobres e mais empregos, especialmente para os jovens.

“Agora é altura de deixar os gabinetes e trabalhar no meio das populações diariamente. É hora de mostrar às pessoas que é possível mudar, que é preciso acreditar que seremos a mudança. A campanha para as autarquias começa agora”, frisou.

Sobre o novo elenco

Sobre o novo elenco, Adalberto frisou que a equipa tem a missão de dirigir o partido rumo a uma nova Angola que reafirma a paz, que consolida a democracia e o Estado de direito, que realiza plenamente a reconciliação nacional. No entanto, embora o novo executivo nacional conte com cinquenta membros para o mandato de cinco anos, sendo 5 na direcção e 46 membros no Comité Permanente, o político fez saber que ainda assim a equipa não está concluída, pelo que nos próximos tempos poderá haver ajustes.

Para já, nos cargos de direcçção foram eleitos Arlete Chimbinda como vice-presidente, Simão António Dembo, vice-presidente , Álvaro Daniel, secretário-geral e Virgílio Samussongo foi posto a ocupar o cargo de secretáriogeral adjunto. Já Raúl Danda foi eleito primeiro-ministro do governo sombra e Kamalata Numa ocupa a pasta de secretário-geral para os antigos combatentes.

O deputado Liberty Chiaca é o actual presidente do Grupo Parlamentar, Rafael Massanga Savimbi foi nomeado como secretário para as relações internacionais e comunidades, Rúben Sicato é o secretário nacional da saúde, enquanto Emanuel Bianco ocupa a pasta de secretário nacional para comunicação e marketing.

Igualdade do género

Por outro lado, o presidente da UNITA disse que este mandato tem o compromisso de tudo fazer para elevar a representatividade do género, promover a participação massiva dos jovens e das mulheres como sustentáculos principais da acção política da capacidade realizadora do partido. “Esta equipa está mais jovem. A actual direcção fez um esforço de fazer com que o partido esteja mais capaz de falar a linguagem da juventude para melhor dialogar com a sociedade e melhor interpretar os seus anseios e as suas necessidades”, esclareceu.

Alteração do estatuto Adalberto Costa Júnior disse ainda que as alterações estatutárias conduzirão o partido a uma posição de maior eficácia na sua acção mobilizadora da sociedade, de modo a serem a força que irá liderar o movimento para a alternância do poder em 2022. Neste sentido, deu a conhecer que, a partir do inicio do próximo ano, vai-se começar os planos de formação para os órgãos de direcção a todos os níveis nas províncias, nos municípios, nas comunas e na direcção nacional.

Dever cumprido Presente no acto, o ex-presidente do partido, Isaías Samakuva, disse acreditar que a actual direcção poderá ser alternância política em 2022. “A UNITA está no bom caminho. Está a galgar bem a montanha e está quase a chegar ao cimo”, frisou, tendo acrescentado que deixa um bom legado e que agora é altura de catapultar o partido para a vitória.

“Depois de dezasseis anos, eu penso que o sentimento é de que eu fiz uma parte que correspondeu à época em que fui indigitado para fazê-la, mas agora o trabalho continua e o nosso propósito é sempre o mesmo, queremos chegar ao poder político, controlar o poder político para que com ele possa mudar a situação do país”, notou.