Putin e Zelenskiy reúnem-se para negociar conflito na Ucrânia

Putin e Zelenskiy reúnem-se para negociar conflito na Ucrânia

Reunião do Quarteto da Normandia coloca pela primeira vez os presidentes russo e ucraniano frente-a-frente, com a França e a Alemanha a mediar uma solução para o conflito ucraniano.

O Presidente russo, Vladimir Putin, e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, reuniramse ontem, Segunda-feira, 9, pela primeira vez, sob mediação dos líderes da Alemanha e da França, no chamado Quarteto da Normandia, procurando recuperar o teor de um acordo de 2014 para conseguir a paz na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia. O foco da reunião, que acontece pela primeira vez em três anos, será o conteúdo do acordo de Minsk – que propôs um cessar- fogo imediato, a retirada de armas pesadas, a restauração do controlo territorial na fronteira com a Rússia por parte de Kiev e maior autonomia para a zona sob controlo separatista -que, apesar de assinado em Setembro de 2014, nunca chegou a entrar em vigor.

Do Palácio do Eliseu, um comunicado anunciou a cimeira de Paris como acontecendo após “um progresso significativo, desde as negociações do verão passado para uma solução no conflito no leste da Ucrânia, progresso esse que já permitiu a remoção de tropas em diversas áreas de fronteira”. Na verdade, Ucrânia e Rússia têm trocado prisioneiros e retiraram soldados de várias regiões de conflito num sinal de boa vontade mútua, reconhecida pelos negociadores de paz. O conflito entre a Ucrânia e os separatistas pró-russos já provo cou mais de 13 mil mortos e anexação da Crimeia por parte de Moscovo, em 2014, deixou feridas que ainda estão por sarar e que ficaram ainda mais expostas com sucessivos ataques russos, por mar e terra, contra as Forças Armadas ucranianas. O Quarteto da Normandia — formado em Junho de 2014, com A participação da França, Alemanha, Rússia e Ucrânia — tem procurado várias soluções diplomáticas, sobretudo através de conversas telefónicas entre os líderes e, em vários momentos, acoplando a ajuda de países como a Bielorrússia, Itália e Reino Unido, mas sem grande sucesso.