No caso do arroz e da carne de frango, por exemplo, foram gastos, do mês de Janeiro a Outubro do corrente ano, um total de USD 205 milhões, enquanto a importação de açúcarfoi de USD 137 milhões. Relativamente à importação da farinha de trigo, gastou-se um total de USD 124 milhões, já a importação do óleo de palma foi de USD 186 milhões, avançou o responsável.
Os dados foram apresentados ontem à margem da conferência sobre o financiamento à economia realizada pelo Ministério da Economia e Planeamento. Sérgio Santos referiu ainda que no domínio das importações, o país ainda continua a viver uma forte dependência de importações em bens de consumo básico. “Grande parte daquilo que consumimos vem do exterior, mesmo com capacidade para suprir esses consumos através da produção interna”.
Todos os produtos que perfazem um total de 54 podem ser produzidos no país e assim garantir uma poupança nos referidos produtos que Angola gasta em divisas. Com isso, teríamos mais emprego e outros bens. Por isso, o Governo criou um conjunto de medidas que visam o fomento da produção nacional. Entre as várias medidas constam a melhoria do ambiente de negócios que tem que ver com a reforma do Estado, a melhoria dos serviços públicos, a disponibilidade de terras, a facilidade no tratamento de documentos e
os incentivos fiscais que tem que ver com a Lei de Investimento Privado e o quadro de incentivos ao nível do território nas zonas com maior dificuldades.
Há também medidas que visam melhorar as infra-estruturas físicas no que diz respeito à energia, vias de escoamento da produção nacional desde as estradas, assim como a capacitação e qualificação dos operadores económicos em matérias de gestão, bem como a medida de garantia dos produtos por parte do mercado nacional, assim como facilitar o acesso ao crédito. Essas são as garantias de que Angola pode sair da dependência das exportações de um único produto (petróleo) das importações.
Mecanismos para ter acesso ao crédito Para ter acesso ao crédito, o governo disponibilizou vários critérios, nomeadamente enviar um email para prodesi@ mep.gov.ao ou ainda contactar qualquer instituição do INAPEM ou os gabinetes do programa integrado para ter acesso à informação; contactar qualquer agência bancária para saber dos documentos necessários para o pedido de empréstimo bancário. Garantiu ainda que não há nenhuma burocracia no programa de acesso ao crédito por parte do sistema financeiro.
Por isso, aconselhou aos empresários locais, com interesse em investir no país, a prosseguirem com os seus projectos.
Banca concede crédito de 43 mil milhões de kwanzas
Até Novembro do ano em curso, os bancos concederam créditos no valor de 43 mil milhões de Kwanzas além dos créditos já concedidos. Além dos créditos concedidos e dos processos em análise, os bancos têm em sua posse um total de 188 milhões de Kwanzas. Quer os créditos já concedidos assim como os processos em análise fala-se num total de 231 mil milhões de Kwanzas correspondendo a 91% do previsto inicialmente.
O responsável fez saber que nem todos os processos que estão em análise ao nível dos bancos comerciais darão origem a concessão de crédito. Os créditos estão a ser concedidos não só às grandes empresas mas também há projectos de pequena dimensão.