Extensão dos serviços da Ordem dos Psicólogos a “meio-gás”

Extensão dos serviços da Ordem dos Psicólogos a “meio-gás”

O bastonário da Ordem dos Psicólogos de Angola (OPsA), Carlinho Zassala, revelou que a estratégia de criação de regiões teve como objectivo facilitar a prossecução dos serviços dos especialistas em todas as províncias do país. “Mas, às vezes, nós não conseguimos dar seguimento a alguns programas da ordem, porque, como já temos vindo a dizer, temos o impasse na legalização.

Uma das estratégias viáveis traçadas, inicialmente, que se encontrou para se servir a Nação, foram as regiões”, disse o psicólogo, tendo sublinhado que os constrangimentos a que se referiu têm a ver com todos os factores envolventes.

Carlinho Zassala, que falava na ocasião das jornadas comemorativa dos nove anos da OPsA, que começaram a 10 de Dezembro, na sede da organização, situada no Projecto Nova Vida, município de Talatona, em Luanda, acrescentou que ele e a sua equipa possue muitos projectos para dinamizar e projectar a vida profissional dos académicos das áreas da psicologia, bem como para apoiar a sociedade angolana, de modo a viver e conviver num ambiente mais pacífico e harmonioso. Refira-se que as regiões por si citadas são uma espécie de representações concentradas da Ordem dos Psicológos de Angola que albergam um determinado número de províncias mais próximas.

“A ser assim, actualmente, temos quatro regiões no país, designadamente a autónoma de Cabinda, a Região Centro, com sede em Benguela, e a Sul, sediada no Lubango, além do Norte que tem as suas estruturas montadas na província do Uíge, bem como o evolutivo núcleo do Saurimo, que vai albergar a parte Leste de Angola (Lundas Norte e Sul e o Moxico”, explicou o bastonário da OPsA, tendo detalhado que, normalmente, as referidas representações obedecem à localização das regiões académicas ou universitárias que o Estado concebeu.

No contexto das promoções que a Ordem dos Psicólogos tem agendadas para os licenciados, consta o que essa classe de académicos denomina de estágio profissional, cuja proposta de duração está pautada em um ano, com o objectivo de atribuir aos especialistas a componente prática que, normalmente, o período lectivo não permite conceder ao estudante na percentagem recomendada.

Urgente uniformização dos conteúdos

A uniformização dos currículos é outra meta que a OPsA vê inviabilizada, por causa da momentânea falta de legalização da instituição, pois os líderes dessa organização, que congrega os psicólogos, gostariam de ver harmonizados os conteúdos programáticos em todas as instituições do ensino superior que ministram o curso de psicologia.

Quanto ao facto de certas orgânicas se dedicarem a formar técnicos específicos de determinadas áreas de psicologia, Carlinho Zassala, ponderou dizendo que a luta da Ordem dos Psicólogos, nesse sentido, é uniformizar os programas pelo menos a 70 por cento, reservando os outros 30 para que as unidades universitárias em causa possam acrescentar valências que reforcem os intentos.

A tendência de dispersão de ocupação de psicólogos para outras áreas do saber, motivada pela falta de encaminhamento ou outras motivações, a recorrência massiva para a docência de cadeiras que têm pouco a ver com a especialidade e alguns divórcios com o curso, por parte de alguns jovens inquieta a OPsA, que vê no cumprimento do dever do Estado uma das soluções.