O editorial:O mistério da água

O editorial:O mistério da água

Quase todas as cidades angolanas têm um rio por perto, algumas até são atravessadas por rios, logo, não se pode entender que quase nenhuma delas, para não dizer todas, tem água canalizada a correr com normalidade. É um absurdo o que acontece com a distribuição de água em Angola, mais absurdo ainda quando repetidamente se vão anunciando milhões e milhões de investimento na área. Nesta edição fala-se da Gabela, mas o problema é generalizado. Não se trata de fabricar água, é apenas captar, tratar e distribuir, porque o produto já existe naturalmente e em abundância em Angola. Está mais do que na hora de o Governo explicar exactamente o que se passa, porque há custos económicos, sociais e em vidas humanas demasiado grandes para aquilo que países mais pobres em dinheiro e em água resolvem com facilidade.