APN redobra preparação para participar nas autarquias de 2020

APN redobra preparação para participar nas autarquias de 2020

A Aliança Patriótica nacional (APN), partido extra-parlamentar, reiterou que vai concorrer nas eleições autárquicas do próximo ano

Por: Maria Custódia

A informação foi avançada a OPAÍS pelo seu presidente, Quintino Moreira, à margem da cerimónia de cumprimentos de fim de ano desta força política, decorrida ontem, em Luanda. Em conversa com este jornal, afirmou que o seu partido vai concorrer sem precisar de coligar-se a uma outra força política, como previa inicialmente. Explicou que os contactos mantidos com alguns partidos políticos para concorrem coligados, cujos nomes não avançou, fracassaram por não encontrarem consenso. “Por esta razão, o nosso Comité Central, que se reuniu no último trimestre do ano que termina, decidiu concorrermos sozinhos”, disse o líder desta força política.

Além de participar nas eleições autárquicas, a Aliança Patriótica Nacional anunciou também estar nas eleições gerais de 2022, sendo esse o maior desafio, segundo o seu líder. Antes, a APN vai realizar um congresso ordinário, no qual vai decidir sobre todos os procedimentos inerentes ao pleito eleitoral de 2022. Quintino Moreira informou que, enquanto não forem convocadas as eleições autárquicas, a APN pretende prosseguir com as acções formativas, de modo a capacitar os militantes e simpatizantes em matérias eleitorais.

Balanço positivo Sobre o ano político que está prestes a terminar, considerou-o como sendo positivo, na medida em que o seu partido realizou todas actividades programadas, apesar de limitações financeiras de um partido extra-parlamentar. Actualmente, os partidos políticos fora do Parlamento não beneficiam de financiamento do Estado, como nos anos anteriores, ou seja, este benefício terminou após às eleições de 2008.

Discriminação

Por outro lado, o presidente da Aliança Patriótica Nacional denunciou que o partido que dirige tem sido “vítima de uma discriminação reiterada pelo Executivo”. Apontou como exemplo o afastamento deste partido das grandes questões ligadas ao debate nacional e auscultação, como é o caso de ser o único partido político legalmente constituído que não integra a comissão de reconciliação em memória as vítimas dos conflitos políticos.

Imprensa

Deplorou o facto de a comunicação social pública recusar, alega, cobrir as suas actividades, por razões desconhecidas, mesmo depois de ter sido feita uma reclamação junto dos órgãos de tutela, mas sem sucesso.