Governador de Malanje considera 2019 um ano de esforço redobrado

Governador de Malanje considera 2019 um ano de esforço redobrado

O governante apontou que as dificuldades enfrentadas podem servir de lição no sentido de cada um rever a sua postura e assim indicar caminhos na busca de soluções para os problemas locais. Segundo Kwata Kanawa, entre as várias possibilidades existentes, o seu governo entende que o apoio à agro-indústria bem como a agricultura familiar podem ser uma aposta certa na medida em que tornará possível a produ
ção de variedades de alimentos para o consumo e o excedente para o aumento da renda das famílias.

De acordo com o governante, o governo local vai trabalhar para renovar o seu empenho para, paulatinamente, resolver os problemas da província de formas a que mais pessoas tenham acesso ao conjunto de serviços públicos como a água, estradas, escolas, hospitais e que seja possível intensificar a atracção de investimentos. Neste particular, destacou o apoio ao sector do turismo que pode ser uma fonte de geração e fomento de emprego e garantir o bem-estar das populações.

Opinião pública Em reacção ao discurso, a sociedade civil de Malanje considera que o governador Kwata Kanawa,

do ponto de vista de conteúdo, foi lacónico por não se ter constatado coerência e concisão no seu discurso, tendo em atenção a realidade da província de Malanje. Para o sociólogo Octaviano Lucas, os discursos precisam de estar de acordo com a prática, pelo que defende que os governantes devem começar a pautar por uma gestão responsável, transparente e objectiva. “O povo não pode continuar a ser visto como coisa.

É preciso que os nossos dirigentes exerçam a sua acção governativa com responsabilidade e com sentido de Estado”, defendeu. Já o jurista Israel da Silva considera que a mensagem não passa de um acto formal que acontece todos os anos, mas que pouco ou nada se reflecte na vida dos cidadãos, enquanto contribuintes e consumidores. “As mensagens não enchem barrigas. Gostaríamos que na mensagem do senhor governador fosse esclarecida a razão de muitos projectos em Malanje que continuam paralisados”, apontou.

Visão partidária Por seu lado, o secretário da Convergência Ampla de Salvação de Angola-Coligação Eleitoral (CASA-CE), André Domingos, apontou a necessidade de, em 2020, de o governo tornar as autarquias realizáveis. Conforme explicou, Malanje está entre as piores províncias em termos de desenvolvimento humano, com maior enfoque para a saúde, cuja taxa de mortalidade é bastante acentuada.

Disse também que a educação tem sido colocada em planos inferiores. No entanto, tendo em atenção as preocupações ainda existentes, o político defende a urgente implementação do poder local no sentido de os cidadãos para que, dentro do seu município, possam participar nas decisões políticas, fiscalizar a execução das acções públicas e controlar a gestão do património público.

“Tal como o executivo articulou-se para encontrar as verbas destinadas ao Programa de Integração e Intervenção nos Municípios (PIIM), a população de Malanje também espera que o faça para implementação das autarquias locais”.