UNITA diz que OGE/2019 não gerou impacto na vida das populações em Malanje

UNITA diz que OGE/2019  não gerou impacto na vida das populações em Malanje

Falando na cerimónia de cumprimentos de fim de ano, no dia 31 de Dezembro, o dirigente partidário disse que a execução do Orçamento Geral do Estado de 2019 “não provocou nenhum impacto na vida dos malanjinos”. Apontou, inicialmente, como exemplo o adiamento da construção de escolas, postos de saúde e outros projectos de natureza social previstos para os municípios, sendo que alguns já constavam nos planos orçamentais dos anos anteriores, mas que sucessivamente vêm sendo adiados.

Mardanês Calunga falou também da conclusão das obras da Escola Hoji ya Henda, do desassoreamento do rio Malanje, que há mais de três anos vêm sendo incluídas no plano orçamental, mas sem qualquer intervenção significativa, bem como as vias secundárias e terciárias. “O casco urbano de Malanje transformou-se em subúrbio, para não falarmos dos bairros que se tornaram em autênticos matos”, ironizou.

Durante a sua intervenção, criticou a fraca cobertura das redes escolar e hospitalar, e o estado degradado das vias de acesso aos municípios, que, segundo o político, tem obrigado os munícipes a percorrer longas distâncias, a pé, para adquirirem os bens de primeira necessidade na capital da província.

Reconhecimento No plano político, o secretário provincial da UNITA enalteceu a iniciativa do Presidente da República, João Lourenço, pela criação da comissão para a reconciliação das atrocidades cometidas durante o período pós-Independência, entre 1975 e 2002. Afirmou que o seu partido encoraja a iniciativa, no sentido de tornar verdadeira a reconciliação, com acções “concretas baseadas na aceitação do próximo, no respeito pela diferença, na igualdade no acesso à riqueza nacional e à participação do património público”, bem como no cumprimento dos acordos assumidos solenemente.

Segundo Mardanês Calunga, “a reconciliação não pode se limitar nos abraços e no aperto de mãos”, observou. Perspectiva partidária O secretário provincial da UNITA destacou o XIII congresso ordinário, realizado em Novembro, que elegeu Adalberto Costa Júnior como novo líder do partido, em substituição de Isaías Samakuva. Ao novo líder, Calunga pediu aos seus correligionários apoio incondicional, em torno do partido para vencerem os desafios vindouros. Apesar das diferenças ideológicas, os militantes devem unir sinergias em prol da organização partidária, para transformá-las em factor de força anímica para o alcance do objectivo comum, concluiu Mardanês Calunga.