Hong Kong nega entrada a director da Human Rights Watch

Hong Kong nega entrada a director da Human Rights Watch

O director da ONG Human Rights Watch (HRW), Kenneth Roth, anunciou neste Domingo (12) que as autoridades de Hong Kong vetaram a sua entrada no território semi-autónomo. “Voei para Hong Kong para apresentar o novo Relatório Mundial da HRW, que neste ano descreve como o Governo chinês está a minar o sistema internacional de direitos humanos. Mas as autoridades bloquearam a minha entrada em Hong Kong, ilustrando o agravamento do problema”, disse Roth, que é cidadão dos EUA.
“Esta recusa em me deixar entrar em Hong Kong é um exemplo magnífico”, acrescentou. Segundo Roth, esta foi a primeira vez que ele teve a sua entrada negada em Hong Kong.

Nos últimos meses, o território chinês foi sacudido por protestos pródemocracia, alguns transformados em actos de vandalismo, que irritaram as autoridades de Pequim. Por meio de um vídeo publicado no Twitter, o director da HRW, que tem sede em Nova York, informou que assim que chegou ao aeroporto de Hong Kong, foi impedido de entrar no território. Segundo Roth, as autoridades alegaram “razões relacionadas com a imigração”, sem dar mais explicações.

No início de Dezembro, a China anunciou sanções – sem especificar que tipo – contra cidadãos e entidades dos Estados Unidos, incluindo a HRW, em retaliação à votação do Congresso americano sobre uma lei que apoia os manifestantes de Hong Kong. Naquela época, o ministro das Relações Exteriores da China acusou as ONG de “apoiar as forças anti-chinesas” e “promover actividades separatistas em favor da independência de Hong Kong”.
Com Deutsche Welle