Seis mil pessoas vivem em zona de risco no município do Lubango

Seis mil pessoas vivem em zona de risco no município do Lubango

O governante declarou que estes dados resultam de um cadastramento realizado pelo seu elenco no início da época chuvosa. Armando Vieira disse que as pessoas que vivem em zona de risco já receberam, várias vezes, terrenos mais seguros para erguerem as suas habitações. “Esta não é uma abordagem nova. Já vem sendo feita há muito tempo, mas as pessoas que no passado receberam apoios em terrenos e outros equipamentos para a construção de residências próprias não foram. Decidiram permanecer nas mesmas zonas de risco”, frisou. O administrador acrescentou que este comportamento dos seus governados complica a gestão da sua governação.

O administrador municipal do Lubango defende a existência de uma rúbrica no Orçamento Geral do Estado (OGE) para o município para acudir situações decorrentes de calamidades naturais que afectam principalmente pessoas que vivem em zona de risco. Segundo Armando Vieira, quando aparecem as calamidades naturais no Lubango, a Administração Municipal tem recorrido ao Governo Provincial, que, por sua vez, aloca ajuda aos sinistrados através do Governo Central. “Nós achamos que está não é a estratégia mais viável. O que deveria acontecer e, é sustentável, é no Orçamento Geral do Estado para a província ter uma rúbrica para atender a estes casos de calamidades naturais”, defendeu. Ainda assim, o administrador municipal do Lubango revelou que, no âmbito do Programa Integrado de Intervenção aos Municípios (PIIM), estão a ser construídas cerca de 150 casas evolutivas para acolher as pessoas que ainda vivem em zonas de risco.

Mais de 20 cadáveres são abandonados mensalmente no Hospital Central do Lubango

Apar das pessoas que vivem em zonas de risco na capital huilana, a outra situação que aflige igualmente a Administração local prende- se com a existência de cadáveres abandonados na morgue externa do Hospital Central do Lubango. Armando Vieira disse que em situações do género a responsabilidade tem recaído para o seu pelouro, uma vez que desconhecem o paradeiro das famílias que optam por não “honrarem os seus mortos” com a realização das exéquias fúnebres. Declarou que realizam os funerais mesmo sem orçamento para o efeito. “Não há no nosso Orçamento uma rúbrica para comprar caixões, mas nós humanamente temos de arranjar formas para enterrar estes corpos, porque a morgue do Hospital Central não pode manter os cadáveres por muito tempo”, explicou.