SNPCB apela habitantes das margens do rio Kwanza a abandonar o local

SNPCB apela habitantes das margens do rio Kwanza a abandonar o local

O porta-voz do SNPCB, Francisco Minguês, disse que a sua instituição tomou conhecimento, por intermédio de um comunicado da direcção do aproveitamento hidrográfico de Cambambe, do esvaziamento da albufeira da barragem de Cambambe com abertura das comportas. Abertura teve início ontem e vai durar 15 dias. O objectivo é esvaziar a barragem, através da abertura faseadamente das cinco comportas, pelo que há probabilidades de inundações em todas as margens, zonas ribeirinhas e ao longo da baixa do rio Kwanza. Francisco Minguês explicou que tais situações poderão ocorrer, sobretudo, na Quiçama, Dondo, Massangano, Zenza do Itombe, Calumbu, Bom Jesus, Barra do Kwanza, Caxicane e Quixingue.

O SNPCB recorreu às instituições locais para fazer chegar essa mensagem às populações residentes nestas áreas. Disse que sempre que há alertas do género as populações abandonam voluntariamente as zonas baixas e fixam-se nas mais altas. “O trabalho tem sido desenvolvido com as comunidades locais, nomeadamente, os grupos tradicionais, religiosos e as administrações que sensibilizam as populações a se dirigirem às zonas que apresentam maior segurança”. Reconheceu ser um processo complexo, porque grande parte da população tem as zonas baixas como as áreas de cultivo e habitacional. Segundo Francisco Minguês, para este ano prevê-se uma quantidade de água maior que nos anos anteriores. De acordo com Francisco Minguês, o sistema de controlo de alerta do nível de água monitora apenas da barragem de Cambambe até ao Bom Jesus.

Desta zona até à Barra do Kwanza não está operacional, pelo que nos dias que se segue será normal verificar-se o aumento substancial do nível das águas do rio e a transbordar em algumas das áreas acima referenciadas. Garantiu ainda que a situação está controlada, pelo que não há necessidade de alarme. Apesar de prever que ocorram inundações em algumas zonas inundadas, o SNPCB diz estar munido de meios necessário para sensibilizar também os habitantes de zonas de difícil acesso. Quanto aos danos registados nos anos anteriores, Francisco Minguês explicou que têm apenas registados inundações de zonas de cultivos e residências localizadas em zonas ribeirinhas, sublinhando que a população tem já uma cultura preventiva.