Cultura investe no restauro de vestígios históricos de Mbanza Kongo

Cultura investe no restauro de vestígios históricos de Mbanza Kongo

Trezentos mil euros é o valor a ser aplicado, este ano, pelo Ministério da Cultura (Mincult) em trabalhos de conservação e restauração de alguns vestígios do centro histórico de Mbanza Kongo, província do Zaire. O facto foi anunciado, na Quinta-feira, à imprensa, em Mbanza Kongo, pelo director nacional dos Museus do Ministério da Cultura, Ziva Domingos, tendo explicado que o valor a ser investido é proveniente de um financiamento da Embaixada da França em Angola e da petrolífera TOTAL. “Este valor vem de um financiamento resultante de um acordo de parceria estabelecido, em 2019, entre o Mincult, a Embaixada da França em Angola e a empresa petrolífera TOTAL”, sublinhou.

Fez saber que as obras de reabilitação e preservação vão abranger a casa do secretário do rei, que passará a servir como centro de interpretação da cidade, apetrechamento da biblioteca municipal Kimpa Vita, renovação da exposição do Museu dos Reis do Kongo e a criação de um arquivo de história do antigo Reino do Kongo, para suportar os trabalhos de investigação sobre a região.

O director nacional dos Museus integra uma equipa técnica do Mincult, da qual fazem parte responsáveis da Embaixada da França em Angola e da petrolífera TOTAL, que em Mbanza Kongo trabalha no levantamento das necessidades para a concretização deste projecto. A comitiva, que desde esta quarta-feira cumpre uma missão de três dias a Mbanza Kongo, teve hoje um encontro de trabalho com os membros do governo local, acto orientado pelo governador da província do Zaire, Pedro Júlia. Mbanza Kongo foi o centro político e administrativo do antigo Reino do Kongo, fundado no século XIII e cuja influência abarcava, além da zona norte de Angola, os actuais territórios da República Democrática do Congo (RDC), República do Congo e Gabão.