Uma vez mais a comunicação

Uma vez mais a comunicação

Quando o Presidente da República fala sobre a necessidade do bom uso das redes sociais, muita gente reage de forma virulenta. Eu, particularmente, reajo apelando ao respeito pela liberdade de expressão e pela imprensa livre. Mas isto é uma coisa, outra é o abuso que se faz do espaço cibernético, geralmente sob a capa do anonimato. No entanto, julgo tratar-se de bons espaços para os poderes públicos mostrarem o que valem em termos de comunicação, não para propagandas, que é mais tentador e mais fácil. Ora, estes dias vêm dar razão ao Presidente no seu apelo, uma vez mais, porque há gente doentiamente irresponsável que vai disseminando o pânico pelas redes sociais sobre a epidemia do Coronavírus, e, como sempre, sob anonimato. Partilha-se de tudo, imagens que nada têm a ver, até de filmagens para o cinema, partilha-se áudios, todas as besteiras que algumas mentes criam. Mas também há que admitir que algumas destas fake news fazem parte de outros planos, de outras guerras. Porém, neste particular do Coronavírus, as autoridades bem que poderiam estar melhor nas redes sociais, um vídeo de minuto e meio da ministra não seria mau, assim como de médicos a aconselhar o que deve ser feito em discurso directo. Já agora, um boletim diário também daria imenso jeito, em todos os órgãos de comunicação social. Tudo isto seria importante para a prevenção e para o caso de alguém ser diagnosticado com a doença em Angola (o diabo seja surdo e mudo). Creio que para isso não é necessário ir-se a orçamento algum, apenas competência e disponibilidade para comunicar.