Quadro clínico de paciente chinês é estável

Segundo o inspector-geral da Saúde, Miguel de Oliveira, as amostras dos exames do paciente, que se encontra internado na clínica Girassol, desde 26 deste mês, seriam enviadas ontem para a África do Sul. Os resultados dos testes podem ser conhecidos dentro de cinco dias, disse, em conferência de imprensa, adiantando que os resultados preliminares feitos em Angola apontam para uma “gripe comum”.

O envio dos exames à África do Sul, explicou, visa despistar em definitivo as suspeitas. Fonte da Clínica Girassol assegurou à ANGOP que o paciente não apresentou febres nas últimas 12 horas e continua sob vigilância dos técnicos de saúde da unidade sanitária. O paciente entrou no país a 16 de Janeiro último, vindo da China, mas não da região epicentro da doença. Só dez dias depois (26) dirigiu-se à clínica, depois de um mal-estar.

“Durante os dez dias permaneceu no estaleiro na província do Bengo. As pessoas com quem manteve contacto estão sob vigilância dos serviços de saúde” daquela região, explicou Miguel de Oliveira. O Governo angolano anunciou, no último Sábado, um plano de contingência para prevenir eventuais casos de contaminação por coronavírus, que já fez 169 mortos, segundo os últimos dados.

O plano passa pela instalação de termómetros no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro e implementação de medidas preventivas nos portos, nas fronteiras terrestres e paragens com grande fluxo de pessoas. A propósito, Miguel de Oliveira referiu que no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro as acções incidem em todos os viajantes, com destaque para os das companhias aéreas da Namíbia, Etiópia e Nigéria, que fazem transbordo de passageiros provenientes da Ásia.

O coronavírus faz parte de uma vasta família de vírus que inclui os que causam a gripe comum, mas também a Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS). Os primeiros sintomas são febres altas e tosse, que podem agravar até causar pneumonia. Transmite-se por via aérea ou espirro contaminado, secreções e mãos contaminadas. O epicentro deste vírus é a cidade de Wuhan, China, onde tem provocado várias mortes. Até ao momento, ao nível do mundo, estão contabilizados 9.239 caso suspeitos e 6.065 confirmados.