Um lote de 33 do total de 164 municípios do país não possuem postos de abastecimento de combustível. As províncias do Uíge e Cuando Cubango com 6 municípios sem postos são os menos contemplados pelas empresas distribuidoras. No Uíge, Ambuila, Quimbele, Milunga, Bembe, Damba e Buengas não possuem bombas de combustíveis, enquanto que nas terras do progresso são os municípios do Rivungo, Cuchi, Nancova, Mavinga, Dirico e Calai que ressentem da falta deste importantíssimo equipamento crucial e de grande relevância económica e social. A seguir integram a lista as províncias do Cuanza-Norte, sem bombas nos municípios do Quiculungo, Banga, Bolongongo e Ngonguembo e Malange (3 municípios), Moxico, Lundas Norte e Sul, Cunene e Bengo todas com 2 municípios sem este tipo de equipamento.
As informações estão contidas no Mapeamento de Postos de Abastecimento de Combustíveis, tornado público em Diário da República, através do Decreto Presidencial nº 25/20 de 5 de Fevereiro. A previsão das autoridades era atingir a meta de mil 132 postos de abastecimento de combustíveis em estado operacional durante o quinquénio 2018-2022. Até Junho do ano passado as estatísticas apontavam para a existência de um total de mil 107 postos activos. O trabalho de mapeamento nacional dos postos de abastecimento promovido pelo departamento governamental responsável através do Instituto Regulador dos Derivados do Petróleo foi realizado ao nível das províncias, municípios e comunas e contou com contribuições dos governos provinciais e outras instituições, tais como o Instituto Nacional de Estatísticas (INE), o Fundo Rodoviário, o Instituto Geológico de Angola (IGEO) e o Instituto Geográfico e Cadastro de Angola (IGCA). As infra-estruturas funcionais no país são a maioria esmagadora pertencentes às operadoras Sonangol, Pumangol e Sonangalp e em pequeno número a operadores individuais referenciados como “operadores de bandeiras branca”.
O mercado dos combustíveis em Angola constitui parte de um sector de crucial relevância económica e social principalmente no que tange aos sectores dos transportes e da geração de energia, bem como para a sobrevivência e bem-estar das populações e das empresas, que são dependentes da disponibilidade destes produtos para o seu funcionamento. O minucioso mapeamento realizado fornece aos actuais e potenciais intervenientes do sector, um enquadramento sobre as reais necessidades do país e concorre para a tomada de “medidas necessárias para suprir o défice de postos de abastecimento existente e, deste modo, aumentar a capacidade actual de abastecimento em todo o território nacional”.
Dos mil e 107 postos de abastecimento operacionais no país, 533 pertencem a pequenos operadores individuais, designados “bandeira branca”, representando 48,15%, seguido pela Sonangol Distribuidora com 444 postos, 40,10%. Os restantes operadores do sector são a Pumangol com 78 postos (7,05%) e Sonangalp com 52 postos, o equivalente a 4,7%. À data da realização do estudo apurou-se que todas as províncias possuiam postos de abastecimento de combustíveis. Todavia, distribuídos de forma desproporcional: 399 na província de Luanda, 113 na de Benguela, seguindo- se as províncias do Huambo e Huila cada uma com 75 postos. Depois das províncias papões, seguem-se o Cuanza-Sul 54, Uíge 52, Zaire 51, Lunda-Norte 38, Cabinda 35, Malange 34, Moxico 34, Bié 30, Namibe 22, Cuanza- Norte 21, Cuando Cubango 20, Lunda-Sul 19, Bengo 19 e Cunene com 16 postos.