Carta do leitor: Dia de São Valentim com choros e alegrias

Carta do leitor: Dia de São Valentim com choros e alegrias

Prezado director, Agradeço a oportunidade que me é concedida. Vários casais viveram o Dia de São Valentim proporcionado de emoções e sentimentos. Viu-se muitos casais apaixonados. As histórias a dois devem ser vividas ao longo de uma vida inteira. Tarde e noite de mimos entre namorados, alguns dos quais apenas com oportunidade de se reverem nesta data com iniciativa de uma das partes. Almoço a dois, troca de presentes e música romântica em restaurantes e em outros pontos fizeram parte da demonstração ou prova de amor de muitos casais, ou, melhor, “a prova dos nove”.

Azar para uns e felicidade para outros nesse dia. Depois de um casal ter saído de um restaurante, já em zangas, antecedidas de uma discussão, caminhavam em direcção a uma paragem do táxi, já eram por volta das 19 horas. De repente, reacendeu a discussão, onde a jovem gritava (já não te quero, não insista, acabou) o rapaz, não entendeu nada, apenas ficou frio e não mais acompanhou a moça. Fez ele muito bem, para evitar o pior. Outro azar aconteceu na zona do Cazenga, Decorang, vi um casal ser vítima de assalto quando regressavam todos felizes, segundo eles, de um passeio recheado de surpresas agradáveis, mesmo já a chegarem no seu bairro, eis que foram surpreendidos por dois jovens que lhes receberam os telefones e ainda exigiram dinheiro.

Ligamos para o 111 e nada. E como queria mesmo curtir e acender velas no dia do São Valentim, fui a baixa da cidade. Aí sim, recordei da música de um brasileiro, dá para rir e também para chorar. Iniciei espreitando nos locais habituais de vendas de
presentes: Jardim no Largo da Independência. ao 1 de Maio, pouca clientela; Njinga Mbande, até flores encontrei na zunga e pensei que fosse dia dos finados, mas não; caminhei, um pouco mais para a baixa da cidade, espreitei alguns restaurantes alguns cheios com velas às mesas e outros às moscas, nos que tinham muitos clientes havia música ao vivo, karaoke, onde muitos cantarolavam para os seus parceiros.

Desci para a Ilha de Luanda, meu Deus! A coisa estava linda, muitos casais a demonstrar amor, e até em algum momento pensei com os meus botões: será que o mwangolé ficou mesmo já romântico? Para os casais que vi desejo que se amem muito até que a morte os separe. Vi tanto amor como nunca tinha visto. E também vi tanta tristeza como nunca tinha visto.
Abner Emanuel