PR assegura que hospital Pedalé será para todos

PR assegura que hospital Pedalé será para todos

O Presidente da República, João Lourenço, assegurou, ontem, em Luanda, que o hospital de referência Pedro Maria Tonha “Pedalé”, que está a ser construido, vai servir a população no geral e não apenas a classe política como têm vindo a insinuar alguns segmentos da sociedade civil. Segundo João Lourenço, que falava durante uma visita de trabalho às obras da referida instituição, o novo hospital vai oferecer um tratamento diferenciado às populações com um segmento de consultas e especialidades médicas de primeira linha, independentemente da classe social.

Conforme explicou, a especulação que foi gerada em volta da construção do novo hospital é falsa, pelo que as populações terão acesso à unidade clínica de uma forma especializada e com um tratamento diferenciado. João Lourenço, que visitou, ontem, algumas obras públicas paralisadas em Luanda, considerou ser absurda a construção de uma unidade clínica, de referência, para servir apenas a classe política.

E, em função disso, o Chefede-Estado assegurou que o hospital Pedalé, que está a ser construído na zona do Morro Bento, vai servir todos os cidadãos nacionais. “Não é tão complicado nós encontrarmos uma solução. O hospital vai ser aberto ao público. Imagina um hospital destes a ser construído apenas para a classe política. Em nenhuma parte do mundo isso é possível. Portanto, o que foi dito não passa de uma mera especulação”, frisou, tendo acrescentando que “não há Estado nenhum que faz um investimento desta dimensão para servir apenas a uma classe”.

O Presidente da República assegurou ainda que o hospital vai ser uma referência no segmento da investigação, pesquisa e tratamento de vários tipos de patologias, o que vai fazer com que que muitos pacientes sejam tratados internamente, sem necessidade de recorrerem ao estrangeiro, como tem sido prática. Ainda durante a sua jornada de campo, ontem, o Presidente da República visitou o Hospital Sanatório, o Arquivo Nacional e o Museu Nacional de Ciência e Tecnologia. Neste ponto, João Lourenço soube que as obras estão paralisadas há cinco anos.

De acordo com informações dadas ao Presidente, motivos financeiros estão na causa da paralisação das obras, cujo arranque foi em 2010. A ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria Sambo, fez saber que actualmente se está a fazer o levantamento dos custos para o arranque das obras do que vai constituir-se num grande pólo de desenvolvimento no segmento das ciências e tecnologias. “A obra está parada há cinco anos.

Há um grupo ministerial a trabalhar para que até ao próximo ano as obras sejam concluídas e de seguida serem inauguradas. Nesse momento, o problema que se levanta é o estado da mesma, porque uma infra-estrutura paralisada há muitos anos desenvolve problemas de degradação, pelo que há necessidade de se fazer o apetrechamento”, notou.

25 milhões de dólares para o acabamento do Arquivo Nacional

Já no decorrer da sua visita às obras do novo Arquivo Nacional, o Presidente da República, João Lourenço, foi informado deque são precisos 25 milhões de dólares para o término da empreitada daquela estrutura de interesse nacional. A estrutura, cujas obras iniciaram em 2008, no distrito urbano do Camama, constitui um imponente projecto que vai dar um melhor tratamento às diferentes obras e arquivos de realce e importância para a soberania do acervo nacional. O director do gabinete de obras especiais, Leonel Gomes, fez saber que os referidos valores serão disponibilizados em três tranches, para que, até ao próximo ano, as obras venham a ser definitivamente concluídas, embora já estejam a 76 por cento de acabamentos . “A primeira fase da obra foi feita com base na linha de financiamento da China.

O Camarada Presidente deu orientações específicas nesse sentido de conclusão. Sabemos que a situação financeira não está favorável. Mas há uma orientação e vontade por parte do ministério das Finanças em ajudar, porque sabemos que a situação não está fácil no contexto geral do país, mas tudo se fará para atingirmos o objectivo”, notou. Já a ministra da Cultura, Maria Piedade da Cruz, disse que tudo se está a fazer para que o novo arquivo seja inaugurado em Novembro.

Conforme explicou, o projecto dispõe de uma área para acervos de obras de fotografias, mapas, microfilmes e tudo se está a fazer para que o acervo passe do físico para o digital. No Hospital Sanatório de Luanda, João Lourenço ficou a saber que as obras estão constituídas de cinco torres de quatro pisos cada, numa área de 49 mil e 940 metros quadrados, cujos trabalhos iniciaram em Julho de 2018 e que está orçada em 214 milhões de dólares. Apesar de alguns constrangimentos, as obras decorrem a bom ritmo.