INIDE tem 22 mil de manuais escolares em Braille para distribuir em todo país

INIDE tem 22 mil de manuais escolares em Braille para distribuir em todo país

POR: Miguel José, em Malanje

Como forma de contrapor o esquema de desvios dos materiais didácticos para a venda no mercado negro, Manuel Afonso expôs que o INIDE contratou empresas para procederem a distribuição e outras para o controlo de saída. Falando à margem da visita de trabalho que a ministra da Educação, Ana Paula Elias efectuou à província de Malanje, o responsável alertou que a Polícia Nacional vai punir todas aquelas pessoas que forem apanhadas a vender manuais do ensino primário no mercado paralelo, porquanto, o governo angolano investiu no sentido de garantir qualidade no processo de ensino e aprendizagem.

No âmbito do Programa de Adequação Curricular 2018/2026, que se reflecte em duas etapas de operacionalização, consubstanciadas na criação de condições didáctico- pedagógica e a respectiva gestão, o INIDE prevê para 2023 a obtenção dos primeiros resultados decorrente da introdução do ensino das línguas nacionais no sistema geral da educação em Angola. De acordo o responsável, o projecto está a ser revisto, devido a lacunas verificadas na estrutura curricular e na sua estratégia de implementação. Todavia, anunciou que em Fevereiro do corrente ano o MED vai promover um seminário internacional onde serão discutidos estratagemas para implementação das línguas nacionais no plano curricular.

Distribuição local

Para a província de Malanje estão previstos a entrega de 2 milhões de manuais didácticos para cobrir as unidades escolares primárias dos 14 municípios, que neste ano lectivo/2020 conta com o universo de 320 mil alunos matriculados, repartidos em 4 mil 240 salas de aulas. Sendo por isso, o director do Gabinete Provincial da Educação de Malanje (GPEM), Joaquim Fernandes confirmou o recebimento de 500 mil e 824 manuais que já estão ser entregues às direcções municipais da Educação, para a devida distribuição aos destinatários. Para tal, o responsável invoca as administrações municipais a providenciarem as condições para o transporte dos manuais de ensino, sendo que o ano lectivo está em curso. De igual modo, solicitou aos professores e/ou encarregados de educação em colaborarem, no sentido de protegerem os manuais, para que possam servir os alunos dos anos lectivos seguintes. “O município de Marimba é o único que ainda não foi contemplado, tendo em conta a degradação da via de acesso”, alegou o responsável do GPEM.