O Inspector-Geral da Saúde, Miguel de Oliveira, desmentiu, nesta sexta-feira, em Luanda, os rumores que circulam nas redes sociais sobre a fuga de cidadãos nos centros de quarentena na Barra do Kwanza e Calumbo
Em declarações à imprensa, o inspector avançou que os centros têm toda as condições criadas de vigilância, o que impossibilita a fuga.
Salientou que tanto os cidadãos ainda em quarentena como os liberados estão devidamente localizados, porque foi criado um modelo de vigilância adaptado ao contexto de Angola.
“O modelo criado permite com que as equipas de saúde pública façam o acompanhamento devido, tendo assim evidencias científicas credíveis”, reforçou.
De acordo com a fonte, o Ministério da Saúde ( MINSA) não está a tomar as medidas em função das especulações nas redes sociais, mas sim em dados científicos, recomendações da OMS, bem como do comité de peritos do COVID-19.
Apelou ainda as famílias a não cometerem praticas de bulling e discriminação, assegurando que estes indivíduos estão seguramente saudáveis porque foram feitos testes seguros que descartam a patologia.
“As famílias dos cidadãos postos em quarentenas e que forem liberados devem recebe-los sem desconfiança, porque não oferecem qualquer risco do COVID-19. Devem apenas cumprir com os métodos preventivos apresentados e informados diariamente pelos meios de informação“, referiu.
Explicou que o período de incubação até hoje é de 14 dias , porém há um estudo que aponta para a possibilidade do ser 24 dias.
“Este estudo não foi validado ainda, mas apenas em termos epidemiológico pode ter factores de confundimento, por isso os países mantém o período de quarentena de 14 dias, adicionando assim um período de vigilância de mais 10 dias em função deste estudo”, asseverou.
Adiantou que o plano de contingência é reajustado em função das evidências científicas que vão surgindo. “A doença é nova e muito daquilo que se sabia em relação as epidemias anteriores derivado do coronavírus é diferente”.
Dados disponíveis indicam que no Centro de Quarentena do Calumbo estão 92 viajantes, sendo 37 angolanos, 50 chineses, 12 americanos, um da Cote D’Ivoire e dois do Canadá.
Na quarta-feira, 50 cidadãos provenientes da China, que estavam em quarentena no Centro da Barra do Kwanza foram liberados.
Deste número autorizado, treze são angolanos, 36 chineses e um brasileiro, restando 14 viajantes, sob vigilância