Escola limpa

Escola limpa

Já ouvi centenas de vezes mães dizerem que fazem sacrifícios para manter os fi lhos em colégios privados apenas por duas razões: asseio e segurança. Elas sabem que a qualidade dos professores na maioria dos casos não é diferente da dos professores das escolas públicas, aliás, há casos em que há professores “públicos” a “garimpar” também no privado. Mas, ainda assim, há colégios e colégios, sendo que até alguns dos mais caros não garantem em absoluto estes dois aspectos. Muito menos qualidade no ensino. Isto também se explica facilmente, porque os detentores de colégios entram no sector apenas pelo dinheiro.

Não é à-toa que nenhum deles desenvolveu uma técnica, uma teoria, uma postura, ou o que seja que inove no sistema de ensino, uma proposta pedagógica que seja. Aliás, “estão nem aí para o tal de ensino”, como dizem os brasileiros. Alguns são semi-analfabetos e odeiam livros. Não têm o ensino como paixão. Apenas a prata interessa. Nisto de educação e ensino é melhor não aprofundarmos muito na questão qualidade e exemplos, ainda caímos no centro do ministério de tutela e descobrimos espaços completamente vácuos, vergonhosos, que espero que se resolvam antes dos próximos encontros políticos desta área da CPLP e dos PALOP. Voltemos ao aspecto limpeza.

A ministra da Educação, aproveitando a reportagem publicada ontem neste jornal sobre alunos e pais que ajudam a manter as escolas minimamente respiráveis, e mais ainda nestes anos de crise em que se acentua o “cotototismo” do OGE para o futuro, deveria criar um mecanismo que instituísse a participação dos alunos na limpeza e cuidados ambientais em todas as escolas do país. Seria bom para criar novos valores e uma nova cultura de responsabilidade nos jovens.