FOLIA ONTEM E HOJE

FOLIA ONTEM E HOJE

Doze das quatro formações carnavalescas da Classe B adultos, voltaram a atrair a atenção dos foliões com o semba a deslizar sobre a pista principal da Nova Marginal, Praia do Bispo, na capital do país. A luta à subida para o escalão A do Carnaval de Luanda aconteceu às 17 horas de Domingo, com a participação de 16 grupos. Este ano, ao contrário das anteriores edições, apenas quatro grupos exibiram-se noutros estilos.

É o caso do Juventude do Kapalanga, do município de Viana, que levou para a competição a tradicional Kazucuta. Nesta luta pelo título, também estiveram os grupos, União Tuabixila, também de Viana, com a Dizanda, o União Povo da Quiçama, com a Katutula e o União Kwanza, do município de Talatona, com a Cabetula. Entre gritos, aplausos e assobios, o União Povo da Samba do município de Luanda, fazia-se à pista às 17 horas e 33 minutos, desfilando, ao do Semba, com a canção “Turismo em Luanda”, da autoria de Francisco João, interpretada por Hélder Félix. Uma canção que apelava ao incentivo ao fomento do turismo na província de Luanda.

Com uma indumentária dominada pelas cores azul e branco, para as bailarinas e vermelho para os bailarinos, o grupo exibia-se de forma extraordinária em forma de círculo, que minutos depois era intercalado por marchas cadenciadas junto à corte na parte frontal da Tribuna de Honra. Sob o olhar atento do júri desta categoria liderado pelo artista plástico, Álvaro Macieira, a formação fazia de tudo para mostrar o que de facto preparou para esta competição.

Dando sequência e de forma mais animada, entrava para a pista sapateando, o União Juventude do Kapalanga, do município Satélite de Viana, com a famosa Kazucuta, sob o comando de Adilson Filipe. Este grupo fundado a 14 de Abril de 2010, teve como Rei Manuel Victor e a Rainha Ana Manuel. Apresentaram-se de forma auspiciosa no desfile com a canção “Paradigma, de Alexandre Leone, interpretada por Rui Dibwela, que fazia menção aos novos desafios lançados pelo Executivo angolano. O fomento à agricultura, a saúde, a educação, foram, entre outras canções,ouvidas no reportório. Com a mesma energia exibiuse o União Twabixica de Viana, levando a Dizanda para milhares de foliões.

O jurado

Álvaro Macieira foi este ano o presidente do júri da 42ª edição da Classe B do Carnaval de Luanda. Para a avaliação da componente de dança, esteve Inocêncio de Oliveira e Sacaneno João de Deus, enquanto para a canção Antero Ekuikui e António Gonçalves. Enquanto isso, a avaliação da corte coube a Aminata Gourgel e Liliana Nzinga, tendo Álvaro Macieira e Manuel Ventura avaliado os aspectos ligados ao painel. Quanto à performance do comandante esteve Francisco Bonifácio e Joaquim Costa, ao passo que Pedro Lino e Vemba Amândio reservaram-se à alegoria.

Por último, a performance da falange de apoio esteve a cargo de Joaquim Freitas e Matias Camueji. Participaram no desfile competitivo desta 42ª Edição do Entrudo, da Classe B, os grupos União Povo da Samba, União Juventude do Kapalanga, União Twabixila, União Jovens do Mukuaxi, Unidos do Zango, o União 28 de Agosto, União Geração Sagrada e o União Povo da Quiçama. A segunda e última parte do desfile foi preenchida pelos grupos, União Sagrada Esperança, Unidos do Kilamba Kiaxi, União Angola Independente, União Giza, o União Twafundumuka, União Nova Geração do Mar, União Kwanza e o União Etu Mudieto. Hoje Segunda-feira, 24, reservado ao desfile central da Classe A adultos, a abertura caberá ao União Quiela do Distrito Urbano do Sambizanga.

Emergências médicas anteriores

Não obstante a folia e a animação marcada no primeiro dia do desfile da Classe Infantil, os serviços de saúde destacados na Nova Marginal de Luanda, através do o Instituto Nacional de Emergências Médicas de Angola (INEMA), registou 52 casos diversos. O responsável provincial daquele organismo afecto ao Ministério da Saúde, Inocêncio Ferreira, realçou que foram atendidos cinco homens e 47 mulheres, com sintomas de febre, asma, desmaio por hipoglicemia e dores abdominais. A mesma equipa realizou igualmente 20 rastreios de malária e 10 de HIV, com resultados negativos, tendo sido distribuídos também preservativos e folhetos com informações de prevenção do coronavírus, conjuntivite, HIV e consumo de drogas.