Corte inicia julgamento de extradição de Assange em meio a protestos

Corte inicia julgamento de extradição de Assange em meio a protestos

julian Assange é acusado de crimes que colocaram em risco a vida de pessoas no Iraque, Irão e Afeganistão que ajudaram os EUA, disse advogado de Washington durante julgamento do activista.

Julian Assange apresentou-se na corte em Londres, no Reino Unido. Recentemente retirado do regime de prisão em solitária, Assange apareceu barbeado, trajado com um casaco cinzento. O advogado James Lewis, que representa Washington no julgamento, acusa Assange de colocar a vida de informadores dos EUA em risco com a publicação de documentos secretos do governo dos EUA, reportou a Reuters. “O que Assange está chamando de liberdade de expressão não é a publicação de material secreto, mas a publicação dos nomes de fontes, de pessoas que colocaram as suas vidas em risco para ajudar os EUA e seus aliados”, disse Lewis. Do lado de fora da corte estão reunidos muitos apoiantes de Assange, que são contra a sua extradição para os EUA.

Caso seja extraditado para os EUA, Assange pode ser condenado a até 175 anos de prisão por ser acusado de ter pressionado uma ex-militar do sector de inteligência, Chelsea Manning, a fornecer documentos sobre as guerras conduzidas pelos EUA no Afeganistão e no Iraque. Os documentos, que incluíam cerca de 90.000 relatórios sobre atividades no Afeganistão, 400.000 relatórios sobre o Iraque e 250.000 telegramas diplomáticos, foram publicados pelo site WikiLeaks, fundado pelo activista, entre 2010 e 2011. Os advogados de Assange farão a sua exposição perante a corte no fim do julgamento, que deve durar uma semana. Uma nova rodada de audição está marcada para Maio de 2020. A decisão final sobre a extradição de Assange deve ser tomada no início do mês de junho.