Mas, enquanto faz campanha, outra força na política israelita -a minoria árabe- espera utilizar a nova onda de descontentamento contra o líder direitista e seus aliados dos EUA para evitar a aritmética eleitoral do outro lado.
Os legisladores árabes estão a pedir que as suas comunidades compareçam às urnas em número cada vez maior no próximo dia 2 de Março para mostrar a sua oposição ao novo plano de paz -apelidado de “Acordo do Século”- apresentado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em Janeiro. A reprovação entre os árabes de Israel concentrou-se numa parte específica desse plano, um redesenho proposto de fronteiras que colocaria algumas cidades e vilas árabes fora de Israel e na área designada para um futuro Estado palestiniano.
“Há alguém por trás desse plano: Benjamin Netanyahu”, disse Ayman Odeh, chefe da coalizão Joint List, dominada pelos árabes. “Precisamos derrubá-lo, ele que é o nosso maior agitador, a pessoa por trás do Acordo do Século”, acrescentou Odeh durante paragem em Taibe, uma vila que pode ser retirada de Israel sob o plano de Trump. Pesquisas mostram o Likud, de Netanyahu, virtualmente empatado com o partido Azul e Branco do líder centrista Benny Gantz.