EUA advertem China contra ‘brincar de laser tag’ com avião de vigilância no mar das Filipinas

EUA advertem China contra ‘brincar de laser tag’ com avião de vigilância no mar das Filipinas

Numa aparente mensagem para a China no final da semana passada, a Marinha dos EUA advertiu contra o ataque com lasers a militares norte-americanos. “Vocês não querem brincar de laser tag com a gente”, advertiu a Marinha norte-americana no seu perfil Instagram na Sexta-feira (28), referindo-se a um navio de guerra chinês que teria, recentemente, apontado um laser militar “de forma pouco segura e pouco profissional” contra um avião de vigilância dos EUA “no espaço aéreo das águas internacionais”. Vocês não querem brincar de laser tag com a gente.

A Marinha Chinesa apontou, recentemente, um laser de forma pouco segura e pouco profissional para um P-8A Poseidon da Marinha dos EUA voando no espaço aéreo das águas internacionais. Estes actos violam o Código para Encontros Não Planeados no Mar, um acordo multilateral alcançado no Simpósio Naval do Pacífico Ocidental de 2014 para reduzir a chance de um incidente no mar.

O episódio, que ocorreu no mar das Filipinas cerca de 400 milhas (640 quilómetros) a Oeste de Guam, foi relatado pela Frota do Pacífico dos EUA mais de uma semana após a ocorrência. As autoridades chinesas ainda não comentaram o assunto. Num comunicado, na Sextafeira (28), a frota alegou que, em 17 de Fevereiro, um destróier chinês apontou um laser militar a uma aeronave de vigilância P-8A Poseidon. “O laser, que não era visível a olho nu, foi capturado por um sensor a bordo do P-8A.

Os lasers militares podem potencialmente causar sérios danos à tripulação e aos marinheiros, bem como aos sistemas de navios e aeronaves”, apontou a declaração. A Marinha dos EUA prometeu que, apesar do incidente, os seus “aviões e navios continuarão a voar, navegar e operar em qualquer lugar que a lei internacional permita”. No que diz respeito à sua mensagem no Instagram, ela parece incluir uma foto aérea da ilha Woody, um dos maiores postos avançados insulares de Pequim no mar do Sul da China, incluindo o texto: “Entretanto, no mar do Sul da China”.

O jornal The Epoch Times sugeriu que a foto “é provavelmente ilustrativa”, dado que o incidente fde 17 de evereiro não teve lugar perto da ilha Woody. Tensões na Ásia-Pacífico Além de Pequim, as ilhas do mar do Sul da China são disputadas pelas Filipinas, Brunei, Malásia, Taiwan e Vietname. Apesar de não reivindicarem os territórios, os EUA também estão activamente envolvidos na disputa, enviando os seus navios militares para o mar do Sul da China para cumprir missões de “liberdade de navegação”.