João Katombela, enviado ao Namibe
Com uma capacidade de 300 camas, sendo 200 para a pediatria e 100 para a área de maternidade, o Hospital Materno Infantil de referência na província mais a Sul do país funciona com um total de 305 técnicos, dos quais, 14 médicos. De acordo com o director-geral da referida unidade sanitária, Pedro Viayahuka, a falta de médicos especializados tem causado muitos constrangimentos na sua funcionalidade e na garantia do serviço de assistência médica. Pedro Viayahuka disse que para se ultrapassar a lacuna causada pela falta de serviços especializados, muitos pacientes têm-se deslocado para outras partes do país.
“Temos o problema de recursos humanos, principalmente de médicos de especialidade a nível da unidade, temos poucos especialistas para o número de utentes registados diariamente. Faltam médicos especializados para mulheres e crianças na província”, disse. Entre as especialidades que faltam no (maior) Hospital Materno Infantil do Namibe, o directorgeral destaca as áreas de cardiologia pediátrica, nefrologia pediátrica, dermatologia pediátrica e gastroenterologia pediátrica. “Se tivéssemos estas especialidades todas em pleno funcionamento, acreditamos que poderíamos oferecer mais trabalho e com mais qualidade e, assim, os nossos utentes sairiam mais satisfeitos”, explicou.
200 médicos são necessários para colmatar a lacuna Face ao número de pacientes que o Hospital Materno Infantil do Namibe recebe diariamente, na ordem dos 17 partos realizados, bem como o internamento de mais de 100 pessoas, Pedro Viayahuka informou que o número de médicos ainda é irrisório. O director-geral da maior unidades sanitária na província do Namibe disse que para colmatar a lacuna são necessários mais de 100 médicos, para dar uma maior cobertura às necessidades diárias. “O número de especialidades que não funcionam é alto, mas como este hospital é de referência, poderíamos dizer que, pelo menos cerca de 200 médicos destas especialidades são necessários”, adiantou.
Ainda assim, o responsável da referida unidade sanitária garantiu que os serviços básicos são assegurados sem obstáculos, tendo destacado o serviço de corte vertical para prevenir o contágio de VIH em bebés que nascem de mães seropositivas, por exemplo. O Hospital Materno Infantil do Namibe recebeu recentemente a visita da vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, que durante a mesma procedeu à entrega de enxovais para os bebés recémnascidos, bem como, de material hospitalar, para garantir a assistência médica e medicamentosa aos doentes.