Governo atribui 155 novas bolsas de estudo

Governo atribui 155 novas bolsas de estudo

As bolsas, anunciadas durante um pequeno almoço alusivo ao Dia Internacional da Mulher (08 de Março), promovido pelo Ministério da Família e Promoção da Mulher, serão oferecidas no quadro do programa de desenvolvimento das ciências e tecnologias. No âmbito desse programa, o Governo já tem atribuído bolsas de estudos a pelo menos 250 meninas das 18 províncias do país, de forma a frequentarem cursos técnicos e contribuírem para a redução dos índices de abandono escolar e da gravidez precoce. Segundo Carolina Cerqueira, a meta do Executivo, em relação à jovem menina, é atingir a qualidade do género das estudantes matriculadas, incentivando-as a inscrever-se em cursos técnicos, como engenharias, novas tecnologias e agricultura, florestas e pescas.

As autoridades, de acordo com a ministra de Estado, têm trabalhado para que Angola aumente a representatividade das mulheres e o valor dos seus trabalhos, a fim de mostrar ao mundo os avanços conseguidos no domínio da equidade e da igualdade do género. Noutro domínio, a ministra de Estado encorajou as mulheres a garantirem o seu lugar na sociedade e continuarem a lutar pela defesa dos seus direitos. Afirmou que o 08 de Março é um momento oportuno para dizer que as mulheres angolanas não devem ser “empurradas” a lugares de destaque através de quotas, mas sim pela sua competência, pelo valor e pela convicção, que devem servir de alavanca à sua promoção. No seu entender, os direitos humanos e as liberdades fundamentais das mulheres têm de ser assegurados em condições de igualdade, em todos os domínios da vida.

Por sua vez, a ministra da Família e Promoção da Mulher, Faustina Inglês, disse que, apesar de as mulheres estarem “impacientes e à espera de mudanças mais radicais”, já se podem notar algumas mudanças positivas em relação às suas conquistas em Angola. “A redução da taxa de mortalidade materna, a aprovação da Lei Contra a Violência Doméstica, o aumento da escolaridade das mulheres e o aumento da consciência, pela necessidade de haver mais mulheres nos órgãos de decisão, são algumas delas”, declarou. Apesar dos avanços, disse que ainda há desigualdades económicas entre homens e mulheres, sublinhando que as mulheres e as meninas consagram mais tempo e energia em tarefas domésticas.

“Daí resulta um desequilíbrio de possibilidades em matérias de educação e acesso ao mercado de trabalho e aos lugares de tomada de decisão”, expressou a governante. Já a Primeira-dama da República, Ana Dias Lourenço, disse que, apesar dos sacrifícios, a mulher em Angola tem atingido grandes patamares, em todos os níveis. Para Ana Dias Lourenço, as mulheres têm sabido subir em todos os degraus, com sacrifício e muito trabalho, estando já a atingir os patamares desejados. “Creio que, com força e unidas, vamos chegar longe”, concluiu. O pequeno- almoço juntou várias entidades, entre governantes, políticas e académicas, que reflectiram em torno dos desafios da mulher, nesse dia dedicado à classe feminina.