Caos no aeroporto obriga a mudar forma de quarentena

Caos no aeroporto obriga a mudar forma de quarentena

A quarentena que devia ser cumprida no único centro organizado para o efeito, no Calumbo, teve de ser mudada para domiciliar, depois do caos instaurado no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro.

Inicialmente o Ministério da Saúde previa que, desde ontem, todos os cidadãos nacionais e residentes que tivessem estado em países com transmissão comunitária do novo coronavírus fossem obrigados a ficar de quarentena de, no mínimo, 14 dias. Neste caso, o período de isolamento seria cumprido no Centro de Quarentena do Calumbo, em Viana, já que é o único centro criado para este fim, como fez saber o Secretário de Estado para a Saúde, Franco Mufinda, na última conferência de imprensa sobre o Covid- 19. Nas primeiras horas da manhã de ontem, um grupo de aproximadamente 300 passageiros da TAAG provenientes de Portugal (um dos países com transmissão comunitária do Coronavírus) manifestou o seu descontentamento pela forma como estavam a ser tratados, no momento de desembarque, facto que criou um caos naquela zona. Uma fonte que conversou com este jornal disse que a confusão começou quando um indivíduo decidiu chamar uma lista com pessoas ligadas a dirigentes angolanos para terem atendimento privilegiado. Os passageiros alegam que não foram criadas todas as condições.

para que fossem devidamente transportados ao Centro de Quarentena, para além de serem priorizadas determinadas pessoas. O caos instaurou-se e à meio da tarde do mesmo dia os passageiros foram autorizados a passarem a quarentena em casa. Assim, cai por terra a conclusão do alargamento da quarentena tida pela Comissão Interministerial para a Resposta à Pandemia do Coronavírus, em que os cidadãos que viessem de países como a China, a Coreia do Sul, Irão, Itália, Portugal, Espanha e França ficariam de quarentena obrigatória, sem receber visitas, durante 14 dias. A mesma medida (a de quarentena obrigatória) seria abrangente a todos os funcionários dos organismos públicos e privados que tivessem regressado desses países, de acordo com um comunicado- Entretanto, ainda ontem estava marcada uma conferência de imprensa na qual Franco Mufinda esclareceria aspectos ligados com o referido comunicado, bem como o que aconteceu no Aeroporto de Luanda. A conferência foi cancelada, de acordo com uma informação que os órgãos de comunicação receberam do Secretário do Estado da Comunicação Social, Celso Malavaloneke.