Caso Covid-19: Estou farta desta palavra: Coronavirus

Caso Covid-19: Estou farta desta palavra: Coronavirus

Tremo só de pensar que pode cá chegar, ou já cá estar. Vamos todos orar, e, bruxos, feiticeiros e quimbandas, ponham-se a trabalhar, travem esse mambo. Penso que Angola deve interditar as ligações aéreas e terrestres com os países afectados, Portugal inclusive. Tendo em conta a quantidade de angolanos e estrangeiros que todos os dias entram e saiem de Angola, acho uma imprudência mantermos as nossas fronteiras abertas. Considerando o período de incubação do vírus, um angolano ou estrangeiro que chegue hoje do Porto ou Lisboa, assintomático porém infectado, e que comece a desenvolver sintomas 1, 2, ou 3 semanas depois da chegada, após passar uma semana a trabalhar num local movimentado, é suficiente para nos complicar a vida.

Se considerarmos a cadeia de relações pessoais (colegas, amigos, família, empregados domésticos) e de serviços, lazer e demais relacionamentos sociais, as idas aos bancos, bares, discotecas, sentadas e óbitos…se entra um infectado aqui, estamos “lixados”; as consequências serão dantescas. Nao vamos só “se mentir”, nós não temos condições para lidar com uma pandemia destas. Por isso, JLo, “moirmão”, fecha tudo. O fecho temporário das nossas fronteiras já deveria ser uma realidade, salvaguardadas as entradas e saídas estritamente necessárias, por questões logísticas e outras excepções pontuais.

As medidas de quarentena impostas pelo Governo são acertadas mas ineficientes, incómodas e resultarão em mais barulho, considerando que já houve um caso em que recém chegados do Porto foram todos os passageiros barrados, excepto, supostamente, uma filha de alguém “grande”; Há dúvidas que tenham sido criadas condições condignas para o acondicionamento de tanta gente. Lembrando que Coronavirus não escolhe salalé, vespa ou marimbondo, e que lá onde os referidos insectos tratam as suas maleitas também está male male, o melhor seria nos fecharmos aqui temporariamente. Fazer armazenamento de cabuenha e aproveitar os cadernos das crianças caso acabe o papel higiénico, já temos experiência disso, do tempo do monopartidarismo, do tempo da guerra… O caso é sério, tu que estás a ler, há quanto tempo não lavas as mãos?