Exposição colectiva “Fuckin’Globo” aberta com acesso sob marcação

Exposição colectiva “Fuckin’Globo” aberta com acesso sob marcação

As portas do Hotel Globo, na baixa de Luanda, onde decorre a 6ª edição do Colectivo Fuckin’Globo estão abertas e a exposição pode ser visitada até 26 de Março. Entretanto, de forma diferente e respeitando as recomendações nacionais e mundiais de prevenção e combate ao Coronavirus (Covid-19), os quartos dos artistas estarão disponíveis para visitas apenas por marcação prévia. A organização informa que as instalações estão higienizadas e preparadas com condições de ventilação, locais para lavagem e desinfecção das mãos. Mas a marcação prévia das visitas possibilitará a gestão da afluência com o intuito de evitar aglomerações.

Por essa razão, está disponível a página “fckinglobo” na rede social facebook para as devidas marcações. Ainda assim, o colectivo lembra que esta não era a experiência prevista e nada tem a ver com o que sempre proporcionou aos seus visitantes, no entanto e entende o momento actual e como grupo privilegia a segurança dos seus visitantes e artistas. “Pelos transtornos causados e perante a expectativa que sempre gera a nossa intervenção, pedimos as nossas sinceras desculpas. Lembrando que será emitida uma exposição virtual na página da rede social facebook com o endereço “fckinglobo”.

A exposição

“O que se passa na arte contemporânea angolana? É o mote da 6ª edição da exposição “Fuckin’Globo”, que desta vez junta o maior número de artistas para esta mostra colectiva num total de 18, entre nacionais e estrangeiros. Esta proposta de debate sobre “o que se passa na arte contemporânea angolana” marca a 6ª edição da exposição “Fuckin’Globo”, que inicia a 19 deste mês e fica patente até ao dia 26 de Março, nas instalações do Hotel Globo, na baixa da cidade de Luanda. “Sob este ponto de partida, ainda longe de respostas prontas, 18 artistas questionam, pensam, interpretam e registam nas suas produções artísticas e culturais da contemporaneidade, nesta plataforma irreverente, independente, autónoma e intelectual, que é a mostra Fuckin’ Globo”, refere nota da curadoria. Com o maior número de artistas de sempre, esta edição conta com Toy Boy, Kiluanji Kia Henda, Thó Simões, Lola Keyezua, Orlando Sérgio, Daniela Vieitas, Ery e Evan Claver, Mwamby Wassaby, Indira Grandê, Verkron, Mussunda Nzombo, Kapela, Iris Buchholz Chocolate, Yola Balanga, Flávio Cardoso, Rui Magalhães e Pedro Pires.

O “Fuckin’ Globo 2020 promete desafiar novamente as fronteiras dos seus espaços de linguagem visual e plástica, destacando novas vozes e outras perspectivas ao longo de micro-relatos visuais, plásticos e fotográficos, happenings, performances e instalações em que cada vez mais sobressai o lugar da dramaturgia nas criações visuais e plásticas, com teatro e com poesia, a arte e cultura urbana do graffiti e do spoken word, entre outras, como formas de renegociar novas configurações sociais, morais, religiosas, políticas, cívicas, sexuais, estéticas e estésicas capazes de abraçar novas audiências”, lê-se na nota curatorial. No mesmo documento pode-se ainda ler que nesta edição a provocação é nítida: Inverter tendências e dinâmicas institucionais e de mercado; Mudar a percepção actual e os propósitos da arte contemporânea angolana; e descobrir visões, interesses, fusões e equilíbrios próprios.

O projecto

Desde a primeira edição, em Dezembro de 2015, o Fuckin’Globo mantém-se fiel ao “From the people to the people… Fuck institutions”, à liberdade criativa dos artistas e ao compromisso e diálogo com as realidades sociais, políticas, históricas e culturais. Pelos quartos já passaram vários artistas como: António Ole, João Ana, Edson Chagas, Elepê, Marcos Kabenda, André Cunha, Angel Ihosvanny, Irina Vasconcelos, Alekssandre Fortunato, Gretel Marin, Lubazandyo Pemba Bula, Joana Taya, Nelo Teixeira e Maria-Gracia Latedjou.

Histórico

A exposição colectiva “Fuckin’Globo” tem ocupado os quartos do Hotel Globo, na Baixa de Luanda, num edifício dos anos 50 do século XX, entre a Avenida Rainha Ginga e a Rua Comandante Veneno De salientar que, além da curadoria do historiador e crítico de arte Adriano Mixinge e Tila Likunzi, a Casa Rede vai participar pela primeira vez com um programa de intervenção artística no pátio interior do hotel.