Interior quer combate cerrado ao tráfico de diamantes

Interior quer combate cerrado ao tráfico de diamantes

O governante manifestou esta intenção à imprensa local, no quadro da visita de dois dias que efectua desde Sexta-feira à província do Bié, servindo igualmente para a apresentação aos membros do Governo local do novo delegado do Ministério do Interior e comandante provincial da Polícia Nacional, comissário Gabriel Francisco Diogo. Eugénio César Laborinho disse ser necessário pôr cobro ao crime de tráfico ilícito de diamantes, para uma melhor gestão e sustentabilidade dos recursos minerais do país. Solicitou ao novo delegado do Interior e comandante provincial da Polícia Nacional trabalho na redução da criminalidade que se regista na província.

O titular do Interior apelou também a população a abstecerse da prática de Justiça por mãos próprias, principalmente em casos motivados por crença na feitiçaria, porquanto “crimes de género registados na sociedade são preocupantes”. Considera ser necessário que os órgãos do sector e outras instituições da sociedade civil trabalhem em conjunto para a promoção de campanhas de sensibilização, para a prevenção dos crimes.

Ainda no quadro da visita, o ministro do interior manteve um encontro de cortesia com o governador do Bié, Pereira Alfredo, e membros do Governo local, assim como se reuniu com diversos órgãos da sua instituição para se inteirar da situação operativa da região. Na Sexta-feira visitou as obras do estabelecimento penitenciário do Cuquema e outras infra-estruturas do sector.

O governante foi igualmente ao Cemitério Monumento do Cuito, onde rendeu homenagem às mais de sete mil vítimas da guerra pós eleitoral (1992) ai sepultadas. Visitou as instalações do Comando Provincial do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, Serviço de Investigação Criminal (SIC), Serviço Penitenciário, Serviço de Migração Estrangeiros, Caixa de Protecção Social e a Delegação Provincial do interior.

Governante reitera apelo à manutenção da paz
O ministro do Interior, Eugénio César Laborinho, reiterou ontem, Sábado, o apelo à manutenção da paz e da reconciliação nacional, para que a guerra pós eleitoral iniciada em 1992 em Angola nunca se repita. O governante falava à Angop, pouco depois de render homenagem às sete mil vítimas da guerra pós eleitoral (1992) sepultadas no Cemitério Monumento, na comuna do Cunje, a sete quilómetros do Cuito.

Maior parte dos corpos ali enterrados foram exumados de locais impróprios, como jardins e quintais de residências. Eugénio César Laborinho considera tratar-se sempre de um “momento de profunda reflexão para que os erros do passado não se repitam, apelando à manutenção da paz e a reconciliação Nacional”. Erguido com a finalidade de permitir a passagem do testemunho às novas gerações, sobre os acontecimentos que levaram à morte de milhares de angolanos na década de 1990, o referido cemitério ocupa uma área de 75 mil metros quadrados.

O processo de construção do cemitério, exumação e inumação dos corpos decorreu de 13 de Outubro de 2003 a Novembro de 2004 e custou aos cofres do Estado angolano cerca de 510 milhões de kwanzas. Na visita ao Cemitério Monumento, o ministro Eugénio César Laborinho foi acompanhado do governador do Bié, Pereira Alfredo, de membros do seu pelouro e do Goveno Provincial.

ANGOP