Indústrias têxteis podem produzir 18 milhões de máscaras para travar a propagação do Covid-19 em Angola

Indústrias têxteis podem produzir 18 milhões de máscaras para travar a propagação do Covid-19 em Angola

Pelo menos 31 fábricas do sector têxtil pretendem produzir máscaras. No sentido de reduzir a escassez dos produtos descartáveis e evitar a propagação da pandemia do Covid-19 no país, que já regista duas mortes

Por:Patrícia de Oliveira

 O presidente da Associação das Indústrias Têxteis e Confecções de Angola (AITECA), Luís Contreiras ,avançou que no dia 19 do mês em curso à associação que dirige fez um pronunciamento público. De modo, a unirem forças no combate contra a infecção do Covid-19 . “Neste momento, temos uma capacidade para produzir cerca de 18 milhões de máscaras”, revela. Segundo o responsável, já foram entregues cartas a alguns Órgãos do Estado, concretamente a Comissão Interministerial no Combate à pandemia do Covid-19. Igualmente foi entregue uma carta à ministra da Saúde, ministro do Interior e o ministro da Defesa. No entanto, foi orientado a apresentação de um documento que legitimasse a produção e a qualidade do material.

“Já temos a aprovação técnica dos produtos, pelo facto de serem máscaras laváveis feitas com tecido e pode ser usada durante três horas e depois lavar e reutilizar ”, explica. Segundo o empresário, as encomendas já podem ser feitas para fazerem a destruição ao nível nacional . “Já começamos a produzir e a distribuir em algumas farmácias e à população em geral , lembrar que o país têm 26 mil reclusos que estão aglomerados. As medidas de quarentena é para a população ficar em casa e evitar as contaminações em grupos. Porém ,as pessoas que estão a cumprir pena também precisam de protecção”, disse.

Por essa razão, a AITECA pretende fornecer máscaras ao Ministério do Interior para proteger a população penal. No que toca aos laboratórios, não podem usar máscaras nem batas feitas de tecido de cor, mas sim um material descartável de nível três. Contudo, todas as pessoas que não estão directamente ligadas às pessoas infectadas podem fazer uso de materiais laváveis. Segundo ele, neste momento, a AITECA está a trabalhar com stock e quando acabar o Executivo deverá elaborar um conjunto de medidas para que as empresas continuem a importar o referido material e produzir, porque não se sabe quando irá terminar o Estado de Emergência que está no terceiro dia. “Estamos a trabalhar para ajudar o Governo, com a distribuição de lençóis, fronhas, batas, tocas aos grandes distribuidores”, explica. A AITECA conta com 31 fábricas distribuídas em cinco províncias do país.