São humanos

São humanos

Tentar igualar as pessoas é tarefa absolutamente impossível para humanos. Refi ro-me ao modo de agir, à mentalidade, capacidade de entendimento e, obviamente, sentimentos. Nem adianta continuar, os humanos são entidades individuais, apesar da sua condição social e do respeito pelas regras, etc. Nisto do comportamento e das transgressões é que os homens são mesmos “iguais”, ou seja, não se distinguem por cultura ou por nível de desenvolvimento.

Se em Angola se fala de transgressão colossal às medidas de confi namento por causa do estômago, não se pode dizer que apenas isto justifique o comportamento “meio-suicida”, se olharmos para a “matreirice” do novo Coronavírus. É que todos os dias chegam notícias de centenas, ou mesmo milhares de multas e detenções que ocorrem em países como Portugal, França, Espanha e Itália, lá onde se morre às centenas todos os dias.

Há qualquer coisa de muito humano que liga os transgressores de cá e os de lá, que, sem dúvidas, põem em risco as suas comunidades, mas também se deve dizer que alguns avanços da humanidade se deveram a uma minoria de transgressores, falamos mais de pessoas ousadas, as inconscientes raramente trazem progresso.

Ou nunca. De qualquer forma, as semelhanças comportamentais de alguns em todas as sociedades devem igualmente levar as autoridades a olhar para eles e tentar perceber os seus porquês, para serem capazes de gerar as melhores soluções. É que não se pode esperar, nunca, que toda a gente se conforme numa solução comportamental, é impossível. Amamos coisas diferentes, amamos de formas diferentes, até a vida.