Os contratos futuros do petróleo Brent, negociados em Londres (Inglaterra), abriram esta quinta-feira a sessão em força, resultado das expectativas a volta da reunião de hoje da Opep, que decidirá pelo corte de pelo menos 10 milhões de barris dia.
Na sessão desta quinta-feira, o petróleo começou a ser negociado a 33,58 dólares, quando no encerramento de quarta-feira já mostrava tendências de subida ao fixar-se em 32,84 dólares.
Os preços do petróleo colapsaram em 2020 por causa de uma forte queda na demanda, devido à pandemia de coronavírus e ao excesso de oferta.
A 30 de Março, o Brent, referência para as exportações angolanas, chegou a ser negociado a 21,65 dólares por barril, menor nível desde 2002.
Os níveis actuais do preço do crude negociados no mercado internacional comprometem as contas angolanas, pelo facto de o orçamento para o ano em curso ter sido elaborado com o preço de referência de 55 dólares, um défice de mais de 20 dólares.
Agora, espera-se que a videoconferência de hoje quinta-feira entre a Opep e aliados, entre eles a Rússia, seja mais bem sucedida do que o encontro de Março, que terminou com o fracasso na extensão de um pacto de corte de oferta e a deflagração de uma guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia.
“A pressão sobre esses países para cortes é enorme”, disse Phil Flynn, analista do Price Futures Group.
O entusiasmo do mercado em relação a possibilidade de um acordo cresceu após notícias sugerirem que a Rússia vai cortar na sua produção, enquanto o ministro de Energia da Argélia afirmou esperar um encontro “frutífero”.
Os “benchmarks” chegaram a devolver alguns ganhos, com o Brent operando brevemente em território negativo, depois de dados do governo dos EUA mostrarem que os stocks de petróleo no país tiveram um aumento recorde de 15,2 milhões de barris na semana passada, mesmo com um corte de produção de 600 mil barris por dia.