Governo reconhece esforços da igreja no combate à Covid-19

Governo reconhece esforços da igreja no combate à Covid-19

O culto, que coincidiu com o Domingo de Páscoa, dia da Ressurreição de Jesus Cristo, considerado pelos cristãos como sendo o Salvador da humanidade, teve como finalidade interceder a Deus, com súplicas e cânticos, para o fim da pandemia Covid-19 que afecta Angola e o Mundo.

Chamado a intervir neste acto ecuménico, realizado na Igreja Metodista Central de Luanda (IMC), Castro Maria disse que as igrejas e a sociedade civil sempre foram parceiros privilegiados do Governo para a moralização da sociedade em vários aspectos da vida do país.

Destacou que, numa altura em que as igrejas reuniram-se em oração para pedir a Deus o fim rápido da propagação do Coronavírus, é imprescindível que os cidadãos continuem a acatar as medidas do estado de emergência nacional, para que as preces sejam ouvidas e atendidas.

Sublinhou que “ficar em casa” em cumprimento das orientações do Governo, através da Comissão Multissectorial para a Prevenção e Combate à Covid-19, é “um dever patriótico”.

Para o director do INAR, “estar em casa e lavar frequentemente as mãos” é o mais prudente para se evitar que a doença prevaleça no país, tendo em conta o risco da sua propagação, considerada pelos especialistas como sendo muito rápida.

Castro Maria reiterou a necessidade de se continuar a divulgar a informação da prevenção do novo Coronavírus, tendo lançado um apelo à sociedade para se ter mais atenção para com os idosos e as pessoas cujas imunidades estão comprometidas.

Apelou ainda à sociedade civil para continuar a dar o seu apoio, que consiste na doação de vários bens aos centros de acolhimentos espalhados em todo o país, sobretudo material de biossegurança, para se evitar eventuais contágios da pandemia.

Dia jejum e oração

Sobre o tema em causa, sob iniciativa do Conselho das Igrejas Congregacionais de Angola (CICA), pastores, padres e imãs, estes últimos da Comunidade Islâmica de Angola, juntaram-se em oração das 6 às 12 horas para pedir a Deus o fim rápido da pandemia Covid-19 em Angola, em África e no Mundo.

O primeiro a interceder em oração foi o padre Martinho Epalanga, da Igreja Católica, seguindo-se-lhe a reverenda Deolinda teca, secretária-geral do CICA, Dom Afonso Nunes, bispo tocoista, ainda os reverendos André Kangovo, Francisco Sebastião, Nzuzi António, a profetisa Suzeth Francisco João, e outros.

Todas as preces, seguidas de cânticos entoados por conhecidas vozes de cantores angolanos de música sacra e gospel convergiram em clamor a Deus para restaurar o bem, começando pela cura dos enfermos e o fim da Covid-19, apelidada também de “inimigo invisível” pela Organização Mundial da Saúde(OMS).

Em momentos distintos das suas orações, os líderes religiosos buscaram consolo e fortalecimento espiritual, em nome de todos os angolanos, nos livros bíblicos de Crónicas, Salmos, Job, Êxodo, e outros, fazendo uma viagem eclesiástica ao passado, recordando os momentos difíceis por que passou o povo de Deus, e alguns profetas daquela época.

Apesar da limitação presencial de fiéis em obediência ao estado de emergência nacional que proíbe o aglomerado de várias pessoas num só local, este “Dia de oração e jejum” foi seguido de perto em todo o mundo, através das rádios, televisões e das plataformas digitais.

Entretanto, a nota marcante neste acto foi a presença da Comunidade Islâmica de Angola (CISlANG), cujo imã (pastor) fez orações em árabe e em português, para melhor compreensão dos radiouvintes e telespectadores.