“Cuba salva. Sem bloqueio salvaria mais”

“Cuba salva. Sem bloqueio salvaria mais”

Por: * Mercedes Martínez  Valdés

Com a figura do líder histórico Fidel Castro Ruz foram impulsionadas as práticas e ideias revolucionárias consequentes com esta máxima.

Já em maio do ano 1960, Cuba ofereceu ajuda médica internacional ao povo chileno, como consequência de um forte terramoto que assolou o país e causou grandes danos. De imediato, foi enviada uma brigada médica cubana, oito toneladas de equipamentos e produtos médicos e hospitalares, alimentos e roupa.

Posteriormente, também no mês de maio, mas de 1963, deslocaram-se 29 médicos, 4 estomatologistas, 14 enfermeiros e 7 técnicos para a República da Argélia, em resposta ao pedido do recém-nomeado Primeiro Ministro Ahmed Ben Bella. Desta maneira, deu-se início a primeira missão internacionalista do governo cubano.

Uma das principais tarefas da Revoluçâo foi o fortalecimento do sistema de saúde. Isto permitiu atingir a cifra de 8,2 médicos por cada milhar de habitantes. Uma das taxas mais altas do mundo, segundo o Banco Mundial.

Outra das fortalezas conquistadas tem sido a permanência de Cuba dentro dos 35 países, a nível mundial, com a taxa mais baixa de mortalidade infantil e dos primeiros na região latino-americana.

Ao escrever este artigo, são 593 os cooperantes que, organizados em quinze brigadas, dão assistência imediata para a detenção da pandemia COVID-19, em países como: Jamaica, São Vicente e Granadinas, Angola, República Togolesa, Andorra, Itália , dentre outros.

Tudo isto num contexto marcado pela nova campanha política e manobras de descrédito do governo dos Estados Unidos, para desestimular a cooperação de profissionais sanitários cubanos.

Contudo, isto não tem sido um freio para a cooperação. Recentemente, foi enviada uma segunda brigada médica para Itália, para reforçar as tarefas de contenção do COVID-19.

Mais da metade da equipa de profissionais enviados para o combate do coronavírus, em diferentes partes do mundo, se distinguiu pela prestação de serviços contra o Ébola em África Ocidental, e são membros da brigada “Henry Reeve”, especializada em situações de desastres e graves epidemias.

Entanto, em Cuba, o sistema de atenção primária da saúde é o principal elo no controlo da pandemia.

A vigilância nos bairros é permanente e sistemática. Alem disso foram habilitados centros de evacuação e internamento, distantes das cidades, para o isolamento dos casos de suspeita da doença e atenção aos contagiados.

Tudo isto acontece numa pequena ilha das Caraíbas, bloqueada e hostilizada durante sessenta anos; mas onde prevalece a prática das relações internacionais sob a máxima da solidariedade e o humanismo. Os nossos médicos estão a espalhar amor, profissionalismo, humanismo, altruísmo e isto e feito com os países cujos governos têm solicitado o seu apoio, sem pedir pagamento, sem pedir nada em troca, em momentos que a humanidade o necessita.

Porque como disse o líder histórico Fidel Castro: “Nas relações internacionais praticamos a nossa solidariedade com factos não com belas palavras. (…) Eles expressam a pureza, o desinteresse, o espírito de solidariedade e a consciência internacionalista, que a Revolução tem forjado no nosso povo.

* Embaixadora de Cuba em Portugal