País tem 388 casos suspeitos de Covid-19

franco Mufinda revelou, ontem, na habitual conferência de imprensa sobre a pandemia Covid-19 no país, que os primeiros exames de Covid-19 feitos a sete pessoas que mantiveram contactos no hotel Infortur do Kilamba com os cinco indivíduos que foram detectados com o vírus na semana finda resultaram negativos.

Os mesmos permanecem sob os cuidados das autoridades sanitárias, em quarentena institucional, até a uma determinada data em que serão realizados novamente exames para se certificar que não foram infectados. Neste contexto, Angola permanece com o registo de 24 casos positivos de Covid-19, dos quais dois resultaram em morte e seis foram curados.

Dois receberam alta e se encontram nas suas residências e 16 estão internados. Franco Mufinda informou que o estado clínico de tais pacientes é estável. As autoridades sanitárias controlam ainda 696 pessoas com as quais os 24 pacientes de Covid-19 mantiveram contactos directo. Sobre a quarentena institucional, Franco Mufinda explicou que com a entrada no país de 147 angolanos vindos de Cuba a cifra passou a para 727 pessoas, das quais duas receberam alta.

Entretanto, o Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) não registou, nas últimas 24 horas, quaisquer denúncias de violações de quarentena domiciliar. Entretanto, recebeu o alerta de dois casos suspeitos que foram reportados e investigados, mas descartados, porque não reuniam pressupostos de definição de casos suspeitos da Covid-19. Contou que as nacionalidades dos doentes continuam a ser angolana e sul-africana. A faixa etária não mudou e vai de um ano a 62 anos de idade, com uma média de 35 anos de idade e a província acometida continua a ser Luanda.

Médicos angolanos trocam experiências com médicos chineses
de Wuhan Franco Mufinda disse que, recentemente, com o apoio da Embaixada da China em Angola, realizou-se mais uma vídeoconferência de troca de experiências entre profissionais de saúde chineses envolvidos no seguimento de perto e gestão de casos em Wuhan e profissionais angolanos. “Está é a segunda vídeoconferência que a Embaixada da China em Angola proporciona para os profissionais angolanos. Foi um momento único, houve bastante troca de experiências sobre algumas nuvens à volta do seguimento clínico, vigilância sanitária e laboratorial, definição do quadro de tratamento e de altas, enfim”, explicou.

Mais de 1000 Zaragatoas para algumas províncias

Por outro lado, explicou que o avião que trouxe cidadãos angolanos recentemente trouxe também medicamentos. Trata-se de uma compra do Estado angolano para facilitar o seguimento de casos de Covid-19. “Hoje (ontem), iniciamos a entrega de 300 zaragatoas, que é o material de colheita de amostras que nos vai facilitar realizar o estudo aleatório. Cada província terá 300 zaragatoas”, garantiu Franco Mufinda.

Subida da síndrome respiratória no Huambo

Franco Mufinda disse que há dias, numa visita ao Huambo soube que houve, justamente neste período, comparando 2019 e 2020, um aumento em torno de 14 por cento de síndrome respiratória. “Então, queremos perceber melhor o que está a acontecer. E a base da análise vai ser a biologia molecular, descartando a possibilidade de recurso a testagem”, explicou.

Fez saber que seguiram para as províncias do Huambo, Benguela, Zaire, Cabinda e Cunene um acumulado de 1.500 zaragatoas. Com isso, num curto espaço de tempo se iniciarão os estudos aleatórios para trazer à tona os aspectos da síndrome respiratória aguda que se espera nesta transição de tempo, uma vez que vem aí o Cacimbo.

Resultados aguardados deram negativo
O secretário de Estado para a Saúde Pública aproveitou a ocasião para informar que os sete exames de Covid-19 das pessoas que tiveram contacto directo com os últimos cinco jovens que testaram positivo e cujos resultados o país aguardava deram negativo.

“Os resultados dos sete casos anunciados ontem, tivemos de precipitar o processamento das amostras, de modo que a primeira análise aponta para a negatividade dos sete. Todos eles estão negativos no primeiro momento”, garantiu Fez saber que continuam as formações dos profissionais de saúde e o reforço logístico com a entrega de equipamentos médicos e materiais de biossegurança e higienização a todas as províncias.

A permanência das pessoas em casa, a observância do isolamento social, bem como lavar frequentemente as mãos e cumprir as medidas do estado de emergência são as formas de protecção que estão ao alcance de todos, salientada o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda.