Ventiladores para tratamento de Covid-19 custam entre KZ 15 e 18 milhões

Ventiladores para tratamento de Covid-19 custam entre KZ 15 e 18 milhões

Sobe para 26 o número de infectados pela Covid-19 no país, nas últimas 24 horas. Entretanto, a ministra da Saúde, Sílvia Lutukuta, revelou, ontem, em Luanda, que os preços dos ventiladores variam de mercado para mercado. No mercado local, varia entre 15 e 18 milhões de kwanzas

Por:Maria Teixeira

Angola registou mais um caso positivo de Covid- 19, elevando a cifra para 26. Trata-se de um indivíduo de 44 anos de idade proveniente de Lisboa, Portugal, no voo da TAAG do dia 19 de Março. O paciente se encontrava em quarentena domiciliar, revelou a ministra da Saúde. Sílvia Lutukuta explicou que ventilar um doente é “caríssimo” e uma unidade de cuidados intensivos, sem os custos dos medicamentos, com o seu ventilador, em qualquer parte do mundo, não fica a menos de  2.500 dólares, isto é, mais de 1 milhão de Kwanzas por dia. De acordo com a ministra, é uma preocupação da comissão e da população e já foram adquiridos no mercado local 52 ventiladores e estão em aquisição no estrangeiro estão mais de 300 ventiladores para ventilação invasiva e não invasiva. Quanto aos preços, revelou que variam e no mercado local os preços começaram em 15 milhões de kwanzas e chegaram aos 18 milhões. Já no mercado internacional, os preços variam entre 17 mil e 500 dólares e  50 mil dólares, dependendo do tipo de ventilador que se quer, como de gama baixa, media ou alta.

Novo paciente de Covid-19 violou a quarentena domiciliar

A ministra explicou que o novo paciente positivo de Covid-19, revelado ontem, estava em quarentena domiciliar. Uma opção da comissão, mediante o preenchimento por cada passageiro da ficha sanitária e termo de compromisso. Entretanto, referiu que alguns dos passageiros não deram os seus números de telefone correctos, sendo o caso deste último, que teve de ser localizado mediante o número de bilhete de identidade de um familiar directo. Sílvia Lutukuta explicou que este passageiro, numa tentativa recente de iniciar a sua actividade laboral, a sua entidade patronal solicitou-lhe o resultado do teste, para que pudesse retomar o seu posto de trabalho.

Por esta razão, e dentro do plano de rastreio, o mesmo foi prontamente incluído no grupo que está a ser seguido, entre tripulações aeronaúticas, doentes das unidades sanitárias com síndromes respiratórios agudos graves e também os habitantes dos condomínios em que foi instituída a cerca sanitária. “Ontem, nas últimas horas do dia, tivemos o resultado positivo e rapidamente foram desencadeadas as medidas de saúde pública com o accionamento da equipa de resposta rápida de vigilância epidemiológica, que trabalhou toda a noite para resgatar o paciente e identificar os contactos directos e indirectos. Internar o paciente, isolar os contactos em quarentena institucional”, contou.

Fez saber que este caso tem 16 contactos, dos quais oito directo e oito ocasionais. Referindo que as medidas recomendadas visam o distanciamento social ou o isolamento, o corte da cadeia de transmissão e elas devem ser cumpridas pela população. “Estamos a lidar com uma doença grave de fácil contágio, com consequências graves para a saúde das pessoas e das famílias e que é muito importante que sejam observadas todas as medidas de isolamento. A Covid-19 tem um impacto social e económico negativo em todos os países afectados”, reiterou. Para que as pessoas percebam o surgimento deste último caso, Sílvia Lutukuta explicou que existe o que se chama de evolução da doença, em que se deve diferenciar o período de incubação do período da doença activa. O período de incubação, em que a média actual adoptada é de 14 dias, neste tempo, o individuo pode ter contacto com o vírus e pode iniciar a multiplicação do vírus no seu organismo.

Mais de duas mil amostras já foram processadas pelo INIS

Por outro lado, temos o período da doença, em que, uma vez o vírus estabelecido no organismo, inicia o seu processo de replicação e pode ter ou não manifestações clínicas. É por isso que temos pessoas assintomáticas, com manifestações leves e pessoas com manifestações muito graves”, explicou. Sílvia Lutukuta garantiu que mesmo com o registo positivo do último paciente, em quarentena domiciliar e com a investigação feita, ainda se trata de um caso importado, assintomático e que, por esta altura ainda tem a aplicação viral activa no seu organismo. “Por esta altura, nós temos 26 casos positivos, dois óbitos, seis recuperados e 18 estáveis internados e com a doença activa”, garantiu a ministra da saúde. Entretanto, estão em quarentena institucional 712 pessoas. Em termos de avaliação laboratorial, o Instituto de Investigação em Ciências de Saúde (INIS) colheu um total de 2.216 amostras, das quais 26 são positivas, 1.823 deram negativo e 367 estão em processamento.