Covid-19 ainda é emergência de saúde internacional, diz OMS

Covid-19 ainda é emergência de saúde internacional, diz OMS

Um indivíduo Anúncio foi feito nesta Sexta (1º). A organização reuniu- se para reavaliar a situação da doença no mundo

Fonte:Globo

O comité de emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS) avaliou, nesta Sextafeira (1), que a Covid-19 ainda é uma emergência de saúde internacional. O comité reuniu-se na Quintafeira (30) para reavaliar a situação da doença no mundo, exactos três meses depois de declarar uma emergência de saúde pública internacional. “O comité consiste de especialistas internacionais e independentes, representando todas as regiões e toda a gama de conhecimento relevante”, afirmou o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. Os especialistas concordaram, de forma unânime, que a doença ainda é uma emergência. Mais de 3 milhões de casos de Covid-19 já foram registados no mundo, com mais de 230 mil mortes – 2 delas em Angola. Tedros reforçou a necessidade de os países seguirem as recomendações da OMS.

“Incentivamos os países a seguirem os conselhos da OMS, que estamos constantemente a rever e a atcualizar, à medida que aprendemos mais sobre o vírus e que aprendemos mais com os países sobre as melhores práticas para responder a ele”, pediu o diretor-geral. Tedros e o director de emergências da entidade, Michael Ryan, e a directora técnica Maria van Kerkhove foram questionados sobre como os países deveriam lidar com a pandemia e o confinamento daqui em diante. “Este é um desafio que todos os governos do mundo estão a enfrentar agora”, disse Ryan. “É muito difícil dar um conselho global que seja relevante para um país específico”, avaliou. “

O que nós claramente reconhecemos é que medidas sociais e de saúde pública têm sido eficazes em suprimir a transmissão intensa do vírus em muitos países, e isso foi atingido com diferentes formas de confinamento em diferentes países”, disse. “Sair disso [do confinamento] requer um processo muito cuidadoso e bem planeado”, afirmou Ryan, “que seja baseado, em primeiro lugar, em entender exactamente a epidemiologia da doença no seu país. Você entende o problema? Você sabe onde o vírus está?” A base disso, afirmou o director de emergências, é ver a disseminação ser controlada, com taxas menores de contágio.

“Você tem medidas de vigilância epidemiológica para identificar, isolar, traçar os contatos? As comunidades têm as informações e os meios necessários para se proteger, lavando as mãos e com isolamento social? O serviço de saúde foi fortalecido a ponto de conseguir tratar todos os casos e proteger todos os trabalhadores de saúde com o equipamento de protecção individual adequado?”, questionou. Ryan acrescentou, ainda, que a expectativa da organização é que os números de casos não voltem a subir quando os países decidirem afrouxar certas medidas de confinamento. Além disso, os países devem ficar atentos à transmissão em cenários específicos, como casas de repouso de idosos.

“O que precisamos de entender é, mesmo que a doença esteja sob controlo na população geral, pode haver populações vulneráveis ou contactos em que a doença pode disparar de novo, espalhar-se, causar mortes e, potencialmente, ser transmitida de volta para a população geral”, disse. “Nos reconhecemos – e eu acho que todos os governos reconhecem – a dificuldade de manter confinamentos, por razões sociais, psicológicas e económicas. Isso não é fácil. E nós também reconhecemos que, principalmente em países em desenvolvimento, o impacto económico naqueles que precisam trabalhar todos os dias para garantir a comida diária especialmente profundo”, declarou.